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7 de março de 2011

Nova exegese evangélica, não novo método de evangelização

Quando a coisa aperta, católicos correm para a casa espírita

Há um tsunami na Igreja, no sentido de ela ser retirada do marasmo em que se encontra. Noventa por cento dos que se dizem católicos só o são de rótulo. Como diz o monsenhor Jonas Abib, quando a coisa aperta para os católicos, eles correm para a casa espírita.

A partir da pós-modernidade, a Igreja está se encolhendo a olhos vistos, principalmente nas últimas décadas, exceto em países atrasados. Por que isso? Porque parte da sua teologia, já no passado, foi imposta pela força, e não pela razão. Assim é que a teimosia dos teólogos e autoridades da Igreja a mantém numa encruzilhada, pois eles insistem em conservar doutrinas polêmicas e antirracionais. Eles têm que se conscientizar de que nem seus colegas do passado, nem eles de hoje são infalíveis. Boa parte dos padres da Igreja que criaram a teologia cristã, e que foram condenados como hereges, estava certa. Porque uma doutrina religiosa errada virou dogma, ela não deixa de continuar errada. Digo essas coisas, tão-somente, porque a verdade tem que ser dita!

E, como evangelizar as pessoas com eficiência se o próprio evangelizador não acredita na doutrina que prega? O melhor método para evangelizar é a verdade. Deus é imutável, mas as nossas ideias sobre Deus, nós queiramos ou não, estão em constante evolução, dando adeus ao passado. O nosso conceito cristão sobre Deus, hoje, é diferente daquele de quando a Bíblia foi escrita. O próprio Jesus mudou o conceito de Deus do Velho Testamento para o de Deus Pai e Amor.

Quando a Bíblia afirma que Deus faz algumas coisas, quase sempre o entendimento deve ser este: se Deus faz, nós devemos também fazer. Deus é a causa primeira, e nós, com o nosso intelecto e livre-arbítrio, somos as causas segundas. Deus não fica nos vigiando. Suas leis é que funcionam, e elas são acionadas por nós mesmos, espíritos encarnados ou desencarnados (Hebreus 1:14). A Bíblia está cheia de anjos, que são espíritos humanos evoluídos, atuando em nome de Deus. Jesus é o mais importante espírito humano que já veio ao nosso mundo, tão importante que alguns teólogos até o transformaram em outro Deus. E Ele aqui atuou encarnado, como enviado de Deus, e continua atuando como espírito desencarnado. "Onde houver dois ou mais reunidos em meu nome, estarei no meio deles". E isso em espírito, é óbvio. E a Bíblia denomina os espíritos de anjos ("aggelos", em grego), porque todo espírito enviado é anjo, mensageiro ou "office-boy" do mundo espiritual.

E, quando ela fala em castigo de Deus (castigo vem do verbo latino "castigare", purificar, verbo esse que deu origem também à palavra castidade), ela está falando da lei de causa e efeito, a qual é acionada por nós mesmos. "Colhemos o que plantamos". "Ninguém deixará de pagar tudo até o último centavo". "Quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?" (Mateus 3:7). E somente nós mesmos podemos amenizar e até anular o nosso carma de sofrimento, fazendo boas ações (Tiago 5:20; Provérbios 10:12; e 1 Pedro 4:8), pois Deus respeita o nosso livre-arbítrio. A prática dessas questões evangélicas verdadeiras é que nos torna, de fato, mais perfeitos e semelhantes a Deus.

O cristianismo continuará capengando, enquanto as exterioridades ritualísticas e doutrinas não evangélicas sobrepujarem os verdadeiros ensinos do excelso Mestre. É isso, pois, que está errado na Igreja, e não bem o método de evangelização!


Escrito por:José Reis Chaves



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