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24 de fevereiro de 2011

Falar muito tempo ao celular altera as funções cerebrais

Pesquisa investiga que consequências fisiológicas o uso do aparelho provoca

NOVA YORK, EUA. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos indica que usar telefones celulares por período prolongado pode interferir no funcionamento do cérebro, mesmo que não existam conclusões sobre os efeitos disso na saúde.

Pesquisadores dos Centros Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) perceberam que, após 50 minutos de conversa no celular, havia 7% mais consumo de açúcar no cérebro nas regiões localizadas perto da antena do aparelho. A presença de glicose significa incremento na atividade cerebral.

O estudo, feita com 47 pessoas e publicado no periódico "Journal of the American Medical Association", é um dos primeiros a investigar, especificamente, as consequências fisiológicas do celular ao analisar os efeitos de seus campos magnéticos.

Os participantes do estudo permaneceram com dois aparelhos de celular encostados aos ouvidos, um desligado e um ligado (mas sem volume, para que eles não percebessem a diferença entre cada celular). Por 50 minutos, os pesquisadores monitoraram, com um scanner, a diferença nos níveis de glicose e observaram que a presença de açúcar era maior no lado do cérebro mais perto do telefone ligado.

Saúde. Porém, o estudo não oferece nenhuma conclusão sobre possíveis riscos para a saúde contidos no uso do celular. "Esses resultados não provam potenciais efeitos cancerígenos (do celular) ou a ausência deles", afirma a pesquisa.


Em 2006, um amplo estudo sobre o mesmo tema, com 42 mil usuários de celulares na Dinamarca, também não obteve evidências de relações entre uso do celular e incidência de câncer.

Cérebro humano é sensível aos campos magnéticos, diz estudo

NOVA YORK. Jack Wang, um dos responsáveis pela pesquisa norte-americana, disse ao site especializado MedPage Today Gene que ainda não é possível "determinar a relevância clínica do estudo, mas os resultados mostram que o cérebro humano é sensível aos efeitos dos campos magnéticos em exposições prolongadas".


Para o professor Patrick Haggard, do Instituto de Neurociência Cognitiva da Universidade College London, o estudo americano traz conclusões interessantes, mas flutuações nas taxas metabólicas do cérebro ocorrem naturalmente, por exemplo, enquanto bebemos. "Se próximos estudos confirmarem que o sinal do celular tem efeito direto no metabolismo, será importante investigar se esses efeitos terão implicações na nossa saúde", acrescentou.

Flash

 Dúvidas. Ainda é necessário fazer mais estudos para avaliar se os efeitos observados têm consequências de longo prazo.

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