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5 de novembro de 2010

Neandertal tinha vida sexual mais agitada que a do homem atual

Promiscuidade entre hominídeos era mais comum no tempo das cavernas
Londres, Reino Unido. A vida nas cavernas do homem de Neandertal podia ser difícil e repleta de erigos. Mas em um importante aspecto de seu cotidiano, esse brutamontes de tacape na mão pode causar inveja ao homem moderno: a grande intensidade de suas atividades sexuais.
E para chegar a essa conclusão, os pesquisadores se basearam no comprimento do dedo de fósseis encontrados, que, segundo especialistas, pode indicar promiscuidade entre os hominídeos.

É o que afirma um estudo publicado nesta semana na Inglaterra, no qual pesquisadores liderados por Emma Nelson, da Universidade de Liverpool, observaram fósseis de dedos de quatro espécies de hominídeos.

Esses fósseis compreendem o Ardipithecus ramidus, um hominídeo que viveu cerca de 4,4 milhões de anos atrás; o Australopithecus afarensis, entre três e quatro milhões de anos, os neandertais, que desapareceram há cerca de 28 mil anos; e um fóssil de um Homo sapiens, como os humanos modernos são anatomicamente conhecidos, de cerca de 90 mil anos de idade.
A teoria de Emma Nelson é baseada na razão entre o comprimento do dedo indicador se comparado com o dedo anelar.

Pesquisas anteriores realizadas por seu grupo concluíram que a exposição no útero a hormônios sexuais masculinos, como a testosterona, afeta o comprimento dos dedos - e comportamentos sociais futuros. Altos índices de hormônios andrógenos no útero aumentam o comprimento do dedo anelar em relação ao segundo dedo, que assim diminui a proporção. Eles também estão relacionados com competitividade e promiscuidade, de acordo com a pesquisa.

Então como ocorreu com os primatas?

Uma baixa proporção dos dedos apresentada pelo Ardipithecus ramidus indicou que ele era mais despudorado, enquanto uma alta proporção nos dedos do Australopithecus afarensis demonstrava a preferência por exclusividade.

Enquanto isso, as proporções baixas dos Neandertais e dos primeiros humanos "sugerem que os dois grupos podem ter sido mais promíscuos que a maioria das populações humanas", afirmam os autores.

As conclusões do estudo acrescentaram um novo elemento no debate sobre a linhagem humana. Mais espécies promíscuas de hominídeos teriam uma vantagem sobre as monogâmicas, em termos de número e tamanho do grupo genético. "A harmonia entre o casal, em um sentido amplo, é universal entre humanos, mas não se sabe quando a transição de um sistema promíscuo para um estável ocorreu", conclui o estudo.

Os cientistas admitem, entretanto, que sua abordagem é nova, e que são necessárias mais evidências para lançar luz sobre o comportamento social dos seres humanos antigos.

Genética
Descendência. Análise dos genomas do homem de Neandertal e do homem moderno comprovou que as duas espécies conviveram em algum momento e que, dessa relação, houve descendentes.


fonte:Otempo

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