Religião, futebol e política, a paixão comum de todos nós

A religião, o futebol e a política são as paixões coletivas - se é que podemos dizer assim -, pois arrastam as multidões. Mas tanto a religião, como o futebol e a política têm suas divisões.

Nenhum esporte é tão popular como o é, hoje, o futebol, que é o mais universal e que mais empolga as multidões, principalmente no Brasil. A política é outra coisa que mexe muito com a população, principalmente nas épocas de eleições. Mas são os assuntos religiosos que mais interessam às pessoas, o que não é surpreendente, pois eles não envolvem apenas essa nossa vida atual, mas as eternidades dos espíritos imortais que somos.

Ser um afeiçoado do futebol nada tem a ver com a nossa evolução cultural, moral e ética. Mas o político orienta-se por uma filosofia, às vezes, por uma ideologia, e deve ser ético e de boa conduta. E essas questões recebem influência de sua evolução cultural, moral, ética e religiosa. Há candidatos políticos que, erroneamente, apelam para a defesa de tipos de regimes ideológicos caducos, fracassados, e que já foram sepultados pela história da humanidade. Esses políticos se aproveitam da ignorância do povo simples, que não conhece nem a história de seu tempo. E ainda há políticos que, de materialistas que são, passam a dar uma de beatos, mostrando que tudo vale para conseguir votos. Mas que eles se lembrem de que o número dos bobos diminuiu e continua diminuindo.

Mas é no tocante às religiões que o grau de instrução das pessoas mais as influencia. Realmente, seu tipo de crença e seu modo de crer dependem muito do nível de evolução cultural. Aliás, a crença fervorosa tem que ser racionada. O real e verdadeiro é racional. Quanto mais sábia for uma pessoa, mais dificuldade ela tem para aceitar uma doutrina ou ideologia de outra pessoa. Assim é que nos primeiros séculos do cristianismo, já havia teólogos que não aceitavam determinadas doutrinas que foram instituídas por outros teólogos. E, com a evolução da mentalidade do homem moderno, aceitar essas doutrinas ficou ainda mais difícil. Mas mesmo sem crer nelas, os líderes religiosos as pregam, por elas serem úteis aos seus interesses materiais e para evitarem a perda de privilégios proporcionados por seus superiores. E as pessoas simples, por não pensarem, tornam-se inocentes úteis dos líderes dessas doutrinas polêmicas e insustentáveis, acatando tudo o que eles ensinam. Esses líderes religiosos assemelham-se a certos políticos, que, de materialistas e abortistas, eles se tornam até beatos nas épocas das eleições! Essa gente é falsa, e é religiosa por conveniência e não por consciência!

Exemplificando o que estamos dizendo, é até cafona, hoje, negar a reencarnação.

Mas os líderes religiosos da maioria das igrejas cristãs, mesmo crendo na reencarnação, são obrigados a negarem-na para seus fiéis e para os seus superiores hierárquicos. Assim aconteceu também com o sistema heliocêntrico (o giro da Terra em torno do Sol, e não deste em torno daquela), o qual já estava mais do que comprovado pela ciência, e, no entanto, os líderes religiosos, por mais de dois séculos, ainda continuaram negando-o ou fazendo silêncio sobre ele.

Os líderes religiosos e os políticos são os que mais podem enganar o povo, principalmente o de pouca instrução, o que não ocorre com os líderes do futebol, que não podem enganar ninguém, pois o que conta ponto no futebol não é o grau de cultura dos torcedores, mas a bola na rede do adversário e do lado de dentro!

Escrito por:José Reis Chaves

fonte:Otempo