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15 de setembro de 2010

Videogame estimula decisão rápida, revelam cientistas

Jogo de ação nos torna mais sensíveis ao que ocorre ao nosso redor

Uma boa notícia para os pais que se preocupam com os filhos que passam longas horas envolvidos com videogames. Segundo um estudo feito na Universidade de Rochester, no Reino Unido, jogos eletrônicos podem ajudar seus usuários a tomar decisões mais rapidamente. E, apesar de mais rápidas, as decisões não são menos exatas.

A pesquisa, publicada ontem na revista "Current Biology", sugere que os jogadores desenvolvem uma maior sensibilidade ao que está ocorrendo em sua volta e que esse ganho não apenas faz com que melhorem a pontuação nos games, mas também pode resultar na melhoria de habilidades empregadas em diversas outras tarefas.

Os pesquisadores examinaram dezenas de jovens entre 18 e 25 anos que não costumavam jogar games eletrônicos, seja em computador ou em consoles. Os voluntários foram divididos em dois grupos. O primeiro praticou 50 horas de títulos de ação populares, como Call of Duty 2 e Unreal Tournament, e o segundo praticou o mesmo tempo, mas com o estratégico e mais lento The Sims 2. Após o período de treinamento, os participantes foram submetidos a testes nos quais os pesquisadores pediram que fossem respondidos o mais rapidamente possível.

Os jovens tinham que olhar para telas de computador e responder a questões simples sobre as imagens - por exemplo, em uma tela cheia de pontos se eles, na média, estavam se movendo mais para a direita ou para a esquerda. Para que não se limitassem à percepção visual, os voluntários tinham que resolver tarefas que envolviam a audição.

Os resultados indicaram que aqueles que treinaram com jogos de ação foram até 25% mais rápidos do que os outros para chegar a uma conclusão. Apesar de mais rápidos, acertaram tantas questões como aqueles que praticaram com o joga de estratégia. "Os jogadores de games de ação são tão eficazes quanto, mas são mais rápidos do que os demais. Eles tomam mais decisões corretas por unidade de tempo. Se você for um cirurgião ou estiver no meio de um campo de batalha, essa habilidade pode fazer a diferença", disse Daphne Bavelier, uma dos autores do estudo.

Probabilidades. A cientista explicou que as pessoas tomam decisões com base em probabilidades que são constantemente calculadas e refinadas em seus cérebros. O processo é chamado de inferência probabilística. "As decisões nunca são apenas preto ou branco. O cérebro está sempre computando probabilidades. Quando dirigimos um veículo, por exemplo, podemos ver um movimento brusco à esquerda, estimar se corremos risco de colisão e, com base nessa probabilidade, tomar uma decisão binária: frear ou não frear".

De acordo com o grupo britânico, os cérebros dos jogadores de games de ação são coletores mais eficientes de informações visuais e sonoras e, portanto, atingiriam mais rapidamente a quantidade de informação de que necessitam para tomar uma decisão.

Neurociência

Mecânica. O cérebro acumula continuamente pequenos pedaços de informações visuais ou auditivas à medida que a pessoa depara com uma situação diferente, eventualmente reunindo o suficiente para poder tomar o que acredita ser uma decisão acertada.

Capacidade. Robert Birge, professor de bioquímica da Faculdade de Connecticut, nos Estados Unidos, chegou a estimar a capacidade do cérebro humano em 10 terabytes de informação, ou cerca de 3.000 longas-metragens ou 2,5 milhões de músicas.

fonte:Otempo

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