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29 de setembro de 2010

Viagra pode ajudar a tratar alguns tumores na próstata

Testes foram feitos em camundongos e células cultivadas em laboratório


Além de ajudar quem tem disfunção erétil, o princípio ativo do Viagra talvez se revele um bom amigo de outra parte importante do aparelho reprodutor masculino: a próstata - em especial quando afetada pelo câncer. Isso porque, de acordo com um novo estudo, a droga pró-ereção também é capaz de aumentar a eficácia da quimioterapia contra tumores de próstata. De quebra, o sildenafil, como é conhecido, minimiza efeitos colaterais do tratamento anticâncer.

Os resultados, é bom lembrar, foram obtidos com células cultivadas em laboratório e em testes com camundongos. Portanto, não é nem de longe recomendável que pessoas com a doença passem a utilizar o sildenafil por conta própria. Ainda falta validar o achado em seres humanos.
A droga que foi empregada junto com o princípio ativo do Viagra é a doxorrubicina, usada contra cânceres de próstata, ovário e mama, dentre outros. Apesar de relativamente eficaz, ela provoca queda de cabelo, náusea, vômitos e problemas cardíacos em quem a usa.

Por outro lado, já se sabia que a mesma substância do organismo bloqueada pelo sildenafil durante sua ação "erétil" também é muito ativa em tumores. Havia a promessa, portanto, de que o Viagra e outras drogas parecidas com ele pudessem ter esse efeito positivo.

Foi o que mostrou a equipe da Universidade da Comunidade da Virgínia (EUA) liderada por Rakesh Kukreja. Em estudo que sairá na revista científica "PNAS", Kukreja e colegas aplicaram com sucesso a dupla de drogas contra células tumorais e contra tumores de próstata implantados em camundongos.

O que eles viram, em suma, é que a combinação de substâncias aumenta a morte de células do câncer ao mesmo tempo em que protege o coração dos roedores de maiores danos.

O mecanismo pelo qual isso acontece ainda não está claro, mas é possível que o uso desenfreado de oxigênio por parte das células tumorais tenha algo a ver com o efeito. Mas o plano, agora, é passar para testes em pessoas.

Opções. O estudo norte-americano vai na mesma linha de associação de fármacos no tratamento de câncer de próstata que está sendo pesquisada hospital Saint Michael’s, de Toronto, no Canadá. Mas, nesse caso, os estudos revelaram que a quimioterapia tradicional pode obter melhores resultados no tratamento do tumor quando é associada à rosuvastatina, um medicamento receitado a pacientes com alta taxa de colesterol. Os pesquisadores descobriram ainda que a rosuvastatina, isoladamente, parece impedir o crescimento de um tumor na próstata de ratos.

Aqui, também a indicação é para a realização de testes em pessoas.

"Nossos resultados são uma prova sólida e uma boa razão para que sejam iniciados testes clínicos sobre os efeitos da enzima estatina no tratamento do câncer de próstata", disse o doutor Xiao-Yan Wen, chefe do estudo. Segundo ele, a estatina atuaria como um inibidor angiogênico, ou seja, poderia impedir que o tumor forme vasos sanguíneos a partir de vasos existentes para crescer.

fonte:Otempo

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