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17 de maio de 2010

O que fazer quando um recém-nascido não consegue ouvir

Não adianta o exame na maternidade se ele não for repetido mais tarde na vida

Atualmente, 97% dos bebês nos Estados Unidos têm seus ouvidos examinados ainda na maternidade. Isso significa que exames essenciais de acompanhamento e tratamentos podem começar bem no início da vida. Mas o principal mesmo é o acompanhamento.

"Das crianças com resultados ruins nos exames de audição nos EUA em 2007, 46% não tiveram exames e tratamento de acompanhamento", disse Marcus Gaffney, cientista da saúde do Programa de Detecção e Intervenção Auditiva Precoce do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). "Examinar uma criança não adianta muita coisa se não houver um acompanhamento apropriado", disse Gaffney.

Antes dos exames de audição em recém-nascidos no final da década de 1990, a média de idade para o diagnóstico de perda auditiva era de dois anos e meio. E os exames eram feitos apenas quando a fala da criança demorava a se desenvolver. Nas crianças com perda auditiva relativamente branda, ou perda em apenas um ouvido, o exame era feito ainda mais tarde. "A perda auditiva era muitas vezes considerada a incapacidade silenciosa", disse Judith Lieu, otorrinolaringologista e pediatra da Universidade de Washington. "Ela pode ser difícil de se detectar até mesmo nas crianças mais velhas. Pode parecer que a criança apenas não está prestando atenção. Elas falam enquanto o professor está falando".

Judith é autora de um novo estudo que a perda auditiva em um único ouvido também atrapalha as habilidade linguísticas nas crianças.

Mesmo sendo invisível ou silenciosa, a perda auditiva é uma das deficiências congênitas mais comuns, afetando de dois a quatro bebês em cada mil nascimentos. Ela pode ser genética ou resultar de um infecção pré-natal. Ela pode vir das infecções Torch (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e outras), que podem atacar o feto em desenvolvimento e danificar a audição.

Antes da imunização, a rubéola era a maior ameaça, causando surdez, perda auditiva, e dano cerebral. Agora o culpado mais comum é o citomegalovírus, infecção que não necessariamente causa outros sintomas nas grávidas, mas pode afetar o feto, especialmente no primeiro trimestre. Há o risco de a perda auditiva por citomegalovírus ser grave, mas é possível que ela se desenvolva apenas depois no nascimento.

Exame auditivo
Tecnologias para examinar o ouvido do recém-nascido.
Emissões otoacústicas. Um microfone minúsculo no ouvido do bebê enquanto ele dorme para medir os ecos da cóclea quando ela é estimulada pelo som.
Resposta cerebral auditiva automatizada. Eletrodos com adesivos são colocados na cabeça do bebê para avaliar a resposta do cérebro a pequenos sons.

fonte :Otempo

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