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4 de maio de 2010

Asma é a 4ª causa de internação e tem custo de R$ 111 mi

Alto índice levou a OMS a criar o Dia Mundial da Asma, lembrado hoje


A asma não tem cura, mas, quando bem controlada, não é empecilho para uma boa qualidade de vida. Entretanto, a doença inflamatória crônica das vias aéreas superiores é a quarta maior causa de hospitalização e responsável por cerca de 2.500 óbitos por ano no país. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença atinge cerca de 300 milhões de pessoas no mundo.

O alto índice de incidência da doença levou à criação, no dia 4 de maio, do Dia Mundial da Asma, uma proposta da ONG Iniciativa Global contra a Asma (Gina, em inglês) e que encontra respaldo em várias cidades do mundo hoje. Em Belo Horizonte, a proposta tem o apoio da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia Regional de Minas Gerais (Asbai-MG) e a Associação Brasileira de Asmáticos (Abra-MG), que comemoram a data com a palestra "O Custo da Asma para a Família Brasileira", hoje, às 19h, na Associação Médica de Minas Gerais.

O pneumologista Alcindo Cerci Neto, diretor da Sociedade Brasileira de Pneumologia, pretende informar a população sobre a asma e seu impacto na vida das pessoas e no sistema de saúde do país. Segundo o médico, a doença corresponde a 398 mil internações por ano em todo o país, sendo a quarta maior causa de hospitalização e o terceiro maior gasto do Sistema Único de Saúde (SUS) com uma doença específica, algo em torno de R$ 111 milhões por ano. Em sua palestra, Cerci Neto vai destacar ainda que cerca de 70% das aproximadamente 2.500 mortes por ano no país ocorreram durante o período de hospitalização.

Para o pneumologista, nem todo o impacto da doença pode ser mensurado financeiramente e ele divide os custos da asma em três tipos: os custos diretos (que podem ser calculados, como médicos, serviços de ambulância, medicamentos e hospitalizações), os indiretos (relacionados a faltas ao trabalho, escola e redução de produtividade) e os "incalculáveis" (o sofrimento humano pessoal e familiar).

Segundo Cerci Neto, a melhor maneira de reduzir o impacto social da doença é o controle através de diagnóstico e tratamento adequados. O médico cita estudo feito na Califórnia que mostra que o custo médio anual per capita da asma chega a US$ 4.912. Para o médico, quanto mais grave a forma da doença, maiores são os gastos. Para evitar crises e internações, é fundamental buscar orientação médica e seguir o tratamento prescrito.



fonte:Otempo

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