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4 de maio de 2010

O jeito complexo de ser nerd faz rir

Ciência real. Seriado "The Big Bang Theory" mostra física e mundo nerd

Sucesso mundial de série de TV coloca em evidência um novo estilo de vida


BURBANK, EUA. Arrepios e suspiros foram a primeira reação nos blogs e salas de café do mundo da física no meio de 2007, quando a rede de TV norte-americana CBS anunciou planos para produzir uma nova série de comédia sobre uma dupla de físicos nerds e sua vizinha garçonete loura e gostosona.

Os personagens principais são Sheldon Cooper - um físico teórico desajeitado e extremamente confiante em um lugar bem parecido com o Instituto de Tecnologia da Califórnia, que tem QI 187 e entrou na faculdade aos 11 - e seu colega de quarto Leonard Hofstadter - cujo QI é pouco acima de 173 e que fica instantemente interessado na vizinha garçonete.

A reação do mundo da física é pertinente, já que os dois parecem incorporar todos os estereótipos que os cientistas detestam: os físicos são CDFs com cara de bundões, basicamente compostos apenas por homens e ficam perdidos fora do mundo de "Star Trek".

Sem contar seus amigos Rajesh Koothrappali, que literalmente não consegue falar na presença de uma mulher bonita, e Howard Wolowitz, que não consegue calar a boca, além de Penny, que trabalha na fábrica de bolo de queijo e parece não saber dizer a diferença entre Isaac Newton e os figos Newton.

Três anos após cientistas ainda dizerem que a série "The Big Bang Theory" é engraçada e cientificamente correta, expoentes da ciência mundial estão se inscrevendo para fazer participações especiais no programa, que se tornou uma das comédias de maior audiência na TV norte-americana e já ganhou vários prêmios.

O vencedor do Nobel de Física George Smoot e o apresentador de um programa de ciência na Rádio Pública Nacional Ira Flatow já apareceram no programa. Lisa Randall, estudiosa de partículas atômicas na Universidade Harvard, que visitou o cenário do programa duas vezes e figurou em uma cena, elogiou o roteiro. "Acho que os roteiristas são genuinamente muito inteligentes".

Lawrence Krauss, cosmólogo da Universidade Estadual do Arizona e autor de "The Physics of Star Trek" (A Física de Jornada nas Estrelas), revelou que mudou sua má opinião inicial sobre o seriado. "Mudei de ideia, primeiro, porque ele é engraçado e continua sendo", disse ele. "Segundo, porque os personagens desenvolveram sutilezas que cativam as mulheres!".
A série não deixa de fazer fãs pelo Brasil, onde é transmitida pelo canal a cabo Warner. Fernando Henrique Siqueira, 24, físico da UFMG, tem todos os episódios. Para ele, a grandeza de "The Big Bang Theory" está justamente no fato de as teorias apresentadas serem verdadeiras. Apesar de ter estudado física, ele afirma que não se identifica com nenhum personagem. "Não tenho dificuldades de comunicação", disse Siqueira. "Enquanto eles são fascinados com quadrinhos e videogame, eu prefiro sair com a minha namorada".

Por outro lado, há quem questione a série. "Ela me faz até estremecer de raiva. A estereotipação terrível do nerd mais a loura burra são retrocessos para a alfabetização científica", disse o astrofísico Bruce Margon, da Universidade da Califórnia.

Você é nerd?
Teste o quanto você é nerd respondendo SIM ou NÃO:


1- Entender como os aparelhos eletrônicos funcionam entusiasma você?
2- Você é fã de "O Senhor dos Anéis", "Star Trek" ou "Guerra nas Estrelas"?
3- Suas notas sempre foram as melhores da turma?
4- Física e matemática são suas matérias preferidas?
5- Achar a resposta certa de um problema lhe dá prazer?
6- Você escolhe roupas confortáveis, mesmo que as peças estejam fora de moda?
7- Assuntos mais intelectuais, como robótica ou filosofia, divertem você?
8- Quando criança, você gostava de conviver com adultos?
9- Quando algo lhe interessa, você se empolga e não pensa em mais nada?
10- Em atividades sociais, você precisa se esforçar para entender como se comportar?

RESPOSTAS

8 ou mais SIM. Você é um nerd típico

Entre 4 e 7 SIM. Você tem algumas características

3 ou menos NÃO. Você, definitivamente, não é nerd

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