Cientistas norte-americanos estudaram o efeito da anfetamina em pequenos roedores
Washington, EUA. Ter um relacionamento amoroso feliz e estável pode ser o suficiente para diminuir o risco de se viciar em drogas, segundo um estudo feito com animais e divulgado na edição deste mês da revista especializada "Journal of Neuroscience".
As drogas viciam porque agem em uma área do cérebro conhecida como "sistema de recompensas", que também controla nossa vontade de comer e fazer sexo. Basicamente, esse sistema serve para garantir que nós façamos aquilo que é essencial para nossa sobrevivência. É por isso que sexo e comida dão prazer. As drogas alteram o funcionamento dessa região do cérebro e fazem o organismo sentir que precisa de algo que faz mal.
Os relacionamentos estáveis formados na vida adulta também agem nessa região e podem proteger o cérebro de vícios, acreditam cientistas da Universidade Federal da Flórida, nos Estados Unidos.
No estudo, os pesquisadores analisaram o efeito das anfetaminas no cérebro de exemplares de arganaz-do-campo, um pequeno roedor típico da América do Norte que é monogâmico e forma casais para a vida toda.
De acordo com o estudo, os machos da espécie que tinham uma companheira mostraram menos interesse na droga do que os "solteiros". Seus cérebros liberaram as mesmas quantidades de endorfina, o hormônio do prazer, mas aqueles que não estavam em um "relacionamento" ficaram mais suscetíveis aos efeitos da droga.
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