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30 de maio de 2011

Velocidade da corrida na meia-idade indica risco cardíaco no futuro

Homem de 50 anos que corre 1 km em 6min12s está em boa forma física

NOVA YORK, EUA. Em quanto tempo você consegue correr 1 km? Para as pessoas na meia-idade, essa medida simples sobre a forma física pode ajudar a prever riscos de problemas cardíacos no futuro.

Em dois estudos separados, pesquisadores da Escola Médica Southwestern da Universidade do Texas e o Instituto Cooper de Dallas analisaram os níveis físicos de mais de 66 mil pessoas. No geral, a pesquisa mostrou que o nível físico de uma pessoa na meia-idade é um forte prognóstico para a saúde do coração na velhice, provando-se tão confiável quanto fatores de risco como nível de colesterol e pressão alta.

Nos estudos, a forma física foi medida usando-se um teste na esteira monitorado cuidadosamente como o objetivo de avaliar a resistência cardiovascular e a fadiga muscular. Mas, ao analisar os dados, os pesquisadores sugeriram que os resultados da esteira poderiam ser traduzidos para tempos médios em quilômetros, oferecendo uma fórmula simples para médicos e pacientes medirem o nível de forma física na meia-idade e preverem risco cardíaco em longo prazo.

"A principal descoberta desses estudos é que o nível físico durante a juventude e a meia idade é um grande prognóstico de risco de doença cardíaca 30 ou 40 anos mais tarde", disse Jarett Berry, professor de clínica geral e cardiologia na Escola Médica Southwestern e coautor dos dois artigos.

Berry destacou que o ritmo no qual uma pessoa corre é uma medida da forma física que pode ser usada facilmente pelas pessoas, além de ser um bom ponto de partida para se avaliar a forma em geral.

A partir dos dados do estudo, Berry calculou que, para demonstrar um nível alto de forma física, um homem com 50 anos deve correr um quilômetro em 5 minutos ou menos, e uma mulher deve fazer a mesma distância em no máximo 5 minutos e 35 segundos. No geral, disse ele, 1 km em 6 minutos e 12 segundos para um homem de meia-idade e 7 minutos e 24 segundos para uma mulher sugerem um nível de boa forma física. Essas categorias fazem uma grande diferença no risco de problemas cardíacos, descobriu o estudo. Os participantes no grupo de alta forma tinham um risco de 10% em sua vida, enquanto o grupo de baixa forma tinha 30%.

Berry destacou que a forma varia muito com a idade e o sexo, e que essas estimativas de tempo por quilômetro são apenas marcas para pacientes e médicos iniciarem uma discussão. "Se você quiser resumir em implicações práticas, o risco de doença cardíaca aumenta para cada minuto a mais que você leva para correr um quilômetro", disse.

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Maioria não sabe como está

Nova York. Timothy Church, professor do Centro de Pesquisa Biomédica Pennington, disse que mais pesquisas são necessárias para validar a noção de que o tempo por quilômetro percorrido por uma pessoa se correlaciona às categorias de risco cardíaco da população em geral. "Fico nervoso com as pessoas testando a boa forma por conta própria", disse ele. "Não quero que um homem sedentário de 45 anos saia correndo um quilômetro o mais rápido que puder", afirmou.
Janett Berry concordou que as marcas de tempo por quilômetro podem não ser bons indicativos para todos os indivíduos, já que algumas pessoas em muito boa forma têm limitações que as impedem de correr rápido.

A questão maior, disse ele, é que a maioria das pessoas não sabe em qual categoria de forma ísica se encaixa e não percebe os riscos que a má forma apresenta à saúde. Até pessoas que fazem caminhadas regulares três vezes por semana podem achar que sua forma física é melhor do que realmente é. Eles podem "cumprir os requisitos de atividade física, mas não estão necessariamente em forma", disse o pesquisador.

"Níveis moderados de exercício são melhores do que não fazer nada. Mas levantar do sofá é só o primeiro passo. A atividade vigorosa tem um efeito muito mais dramático sobre a forma física", afirmou Berry.



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