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18 de maio de 2011

Quem nega a reencarnação na Bíblia, a renega ou é cabeçudo

Nas comunidades religiosas cristãs, os médiuns sempre foram mais prestigiados do que os padres. E isso passou a incomodar seus egos.

Estudei para padre redentorista e descobri na Bíblia o fenômeno da reencarnação e os mediúnicos, que o apóstolo das gentes denomina de dons espirituais. "Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato..." (1 Coríntios 14:14). Não é, pois, o Espírito Santo que ora.

É uma pedra no sapato dos líderes religiosos não espíritas o contato de Saul com Samuel já desencarnado, através da médium de En-Dor (1 Samuel 28:15). Os teólogos, ao comentarem esse fenômeno espírita, enrolam-se, usando argumentos em que eles mesmos não acreditam.

E até parece piada de mau gosto o argumento deles de que se trata de manifestação de demônio, não só porque, na realidade, demônio é alma ou espírito humano, mas também porque o texto bíblico afirma que é o Samuel que se manifesta. O que vale mais: a palavra de um líder religioso ignorante ou enganador ou a da Bíblia? E o próprio espírito do homem Jesus (1 Timóteo 2:50) manifestou-se depois de morto materializado e até comeu com os apóstolos.

Desde o início do cristianismo, os padres e bispos, e mais tarde os pastores, detestam o espiritismo, porque o contato com os espíritos exige a mediunidade especial, que eles nem sempre têm, já que ela não é tão comum. E nas comunidades religiosas cristãs, os médiuns sempre foram mais prestigiados do que os padres e até mesmo que os bispos. E isso passou a incomodar o ego das autoridades religiosas. Daí que sempre perseguiram o espiritismo e os médiuns, e imaginaram a ideia de um só espírito manifestar-se, isto é, o do Espírito Santo, que é também Deus, segundo um dogma dos teólogos. Mas eis o que diz Paulo: "Recebemos espírito que vem de Deus" (1 Coríntios 2:12), não, pois, o do próprio Deus! E as traduções bíblicas colocam espírito com letra inicial maiúscula para darem a entender que se trata do Espírito Santo (Deus). Mas a Bíblia nos mostra que há espíritos bons (adiantados) e maus (atrasados). E João Evangelista nos recomenda que examinemos os espíritos, a fim de que não venhamos a dar crédito a falsas profecias, mostrando-nos que as profecias são oriundas de espíritos (1João 4:1). Confiramos essa questão das profecias por espíritos em Moisés (Números 11:24-30). E Paulo diz: "Uns têm o dom de discernir os espíritos" (1 Coríntios 12:10).

Malaquias fala que Elias (século IX a. C.), o mensageiro, o precursor, que foi João Batista, seria enviado à frente do Messias (Malaquias 3:1; e 4:5; Mateus 11:10; Lucas 1:76; e 7:27). O Batista negou ser Elias, pois não se lembrava do passado. Mas Jesus confirma que o Batista é Elias (Mateus 17:12-13; e 11:14). E o grande sábio papa são Gregório Magno (papa de 590-604) reconheceu que João Batista é mesmo reencarnação de Elias, dizendo que ele negou ser Elias em pessoa (na sua personalidade), mas que, em espírito (individualidade), ele era Elias (Homilia 7, in "Evangelho, Patrologia Latina", vol. 76, col. 1100), citado por Carlos Torres Pastorino em "Sabedoria do Evangelho" (vol. 3, página 23). Na Bíblia de Jerusalém, página 1.446, há uma nota dizendo que no apêndice (3, 23-24) o mensageiro é identificado com Elias. E no NT o Elias que havia de vir é João Batista.

Quem nega que o precursor João Batista é reencarnação de Elias, não conhece a Bíblia ou, então, é mesmo um cabeçudo!

Escrito por:José Reis Chaves




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