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23 de maio de 2011

Diagnóstico de hérnia em mulheres demora e nem sempre sai

Em pacientes do sexo feminino, sintomas da doença são mascarados

NOVA YORK, EUA. Nos homens, as hérnias são muito mais comuns do que nas mulheres. Aquelas que afligem as mulheres geralmente são menores e internas e raramente causam uma protuberância. Os sintomas das hérnias nas mulheres assemelham-se a indícios de outros problemas - cistos ovarianos, fibroides, endometriose ou aderências de uma operação anterior.

As hérnias abdominais ocultas são uma condição que a maioria dos médicos - incluindo ginecologistas e cirurgiões - raramente consideram ou sabem encontrar. Muitas vezes, elas são diagnosticadas não como hérnia, mas como outras doenças, que são corrigidas cirurgicamente e acabam não aliviando a dor excruciante. "Em média, as mulheres passam por quatro ou até mais cirurgias antes de a causa real da dor ser identificada", disse Deborah A. Metzger, ginecologista da Califórnia especializada em dor pélvica crônica.

Quando uma mulher se deita de barriga para cima na mesa de exame, os sinais e sintomas de uma hérnia desaparecem. E o exame usual, uma ultrassonografia, raramente revela o problema real. Na falta de um diagnóstico preciso, os médicos geralmente mandam os pacientes para serem sedados por especialistas em dor e psiquiatras.

Para muitas mulheres com essas hérnias ocultas, ou escondidas, pode levar anos para se obter o diagnóstico correto e corrigir o problema, isso se a doença realmente chegar a ser detectada. De todos os diagnósticos de hérnia, apenas 8% são em mulheres. "Os médicos simplesmente não pensam em hérnia quando as mulheres reclamam de dor pélvica", disse Deborah.

Caso. Laura Sweet, 42, era uma mulher muito ativa quando começou a ter dores debilitantes na pelve, que duravam por dias e recorriam periodicamente. O desconforto resultou em várias visitas ao pronto-socorro, direcionamentos a variados especialistas, diagnósticos errados e um coquetel diário de analgésicos.

O ânimo e a rotina vigorosa de exercícios físicos de Laura forma reduzidos para 20 minutos de caminhada por dia. Ela conta que, quando os testes de um médico não revelaram explicação, o especialista disse que ela tinha "dor pélvica crônica e deveria aprender a conviver com ela".

Entretanto, após 18 meses de tormento, Laura consultou uma uroginecologista que desconfiou que o problema poderia ser uma hérnia. Ela foi então encaminhada para Shirin Towfigh, uma das poucas especialistas em hérnia feminina.

Um exame de ressonância magnética revelou não uma, mas duas hérnias inguinais - pequenos buracos em uma camada de músculo através dos quais a gordura abdominal pode sobressair, pressionar os nervos e causar dor. Shirin reparou as duas hérnias com uma cirurgia laparoscópica de quatro horas. "Voltei a fazer exercícios em uma semana e a correr em dez dias", disse Laura. "Agora está tudo bem, como se nada tivesse acontecido".



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