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30 de maio de 2011

As tentativas vãs dos teólogos para conter o espiritismo

Seu compromisso é com sua doutrina, não com a verdade!

Li, do frei Boaventura Kloppenburg, O.F.M., "Espiritismo - Orientação para os Católicos" (Loyola). Já recebi cartas dele, quando ele descobriu meu livro "A Reencarnação na Bíblia e na Ciência". Ele escreve bem, honra seja feita.

Vários cientistas, alguns de prêmio Nobel, condenaram, de início, a reencarnação. Mas sinceros e não comprometidos com dogmas religiosos, acabaram por se tornarem reencarnacionistas e espíritas: o russo Akasacof, o inglês Myers, os italianos César Lombroso e Ernest Bozzano; o alemão Friedrich Zolner, da teoria do espaço quadrimensional e especialista em mediunidade; o psiquiatra russo Wladimir Raikov, da Universidade de Moscou, autor de "Reencarnações Sugestivas"; o físico inglês William Crookes, prêmio Nobel, descobridor do tálio; vários cientistas russos da Universidade de Kirov, que descobriram o corpo bioplasmático (denominado de perispírito por Kardec); Jung com suas teorias que serviram de base para a psicologia transpessoal reencarnacionista; o brasileiro Hernani Guimarães Andrade, físico e psicobiofísico, citado por mais de cem cientistas parapsicólogos de todo o mundo; o francês Charles Richet, prêmio Nobel; o norte-americano Karl Wiklan; e milhares de outros famosos cientistas. E as universidades brasileiras estão cheias de professores atuantes em casas espíritas.

Na página 117, tentando em vão negar que João Batista é reencarnação de Elias, Boaventura altera a frase de Jesus, em que é afirmado de modo categórico que Elias é o Precursor: "Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João. E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos, ouça" (Mateus 11:13-14, tradução do respeitado João de Almeida). Boaventura, afirmando que Elias só voltará no final dos tempos, muda o tempo da expressão verbal "estava para vir" para "há de vir", numa escandalosa alteração do texto evangélico.

Na mesma página, o autor condena a milenar e conhecida expressão de Jesus de que é necessário "nascer de novo" (João 3:3) - "ánoothen" em grego -, que significaria "nascer do alto" e não "de novo". Por que só agora, 2.000 anos depois desse texto ser tão conhecido, os teólogos vêm dizer que ele está errado? O grande sábio e profundo conhecedor de grego e latim são Jerônimo não cometeria essa falha de tradução em sua Vulgata Latina. Mas mesmo certa a tradução "nascer do alto", ela só valeria para o espírito, pois ele, reformando-se, nasce mesmo de novo do alto. Mas o texto fala de dois nascimentos: o espiritual e o carnal. O nascimento do alto só pode valer para o espírito, ou seja, sua reforma íntima, e não anula o outro, o da carne (biológico). Ademais, Jesus, dando ênfase à frase "nascer da água", muda-a para "nascer da carne", que é incontestavelmente nascer biologicamente dos pais, o que equivale ao espírito "de novo na carne". E o texto diz também: "O vento sopra onde quer, mas não se sabe donde ele vem e nem para onde ele vai", o que nada tem a ver com o batismo de água, mas com a reencarnação. Não se sabe de qual vida passada o espírito veio e nem para qual vida futura ele vai.

O autor tenta em vão convencer o leitor da falida tese contra o fenômeno da reencarnação. O seu compromisso é com sua doutrina, que respeito, e não com a verdade!

Escrito por:José Reis Chaves




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