Related Posts with Thumbnails

31 de março de 2011

Separação amorosa faz o coração sofrer de verdade

Dores emocional e física ativam a mesma região do cérebro, diz estudo

Londres, Reino Unido. A dor do coração partido não é apenas figura de linguagem. As regiões do cérebro que reagem à dor física coincidem com aquelas que reagem à rejeição social, de acordo com estudo que analisou imagens do cérebro de pessoas que passaram por rompimentos amorosos recentes.

"Os resultados dão um novo significado para a ideia de que a rejeição ‘dói’", escreveu Ethan Kross, autor do estudo e professor de psicologia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. O estudo foi publicado na edição desta semana do periódico científico da Academia Nacional das Ciências.

Edward Smith, da Universidade de Columbia (EUA), que também participou do estudo, explicou que a pesquisa mostra que os eventos psicológicos ou sociais podem afetar regiões do cérebro que os cientistas pensaram que eram dedicadas apenas à dor física.


De certa forma, os cientistas estão dizendo que "não é uma metáfora", explicou Smith em entrevista por telefone. O estudo envolveu 40 voluntários que passaram por um indesejável "fora" nos últimos seis meses e que afirmaram que pensar na situação provocava sentimentos intensos de rejeição.

Imagens de ressonância magnética foram usadas para estudar o cérebro dos voluntários em quatro situações. Na primeira delas, o voluntário com coração partido via a foto do ex-parceiro e pensava sobre os desdobramentos do relacionamento. Em outra situação, o voluntário via a foto de um amigo e pensava em uma experiência positiva com esta pessoa. As outras duas situações envolviam um dispositivo colocado no braço que produzia um calor suave ou se tornava quente o suficiente para provocar dor.

A duas situações negativas - pensar sobre a perda e o calor que queima - causaram respostas na mesma região do cérebro, de acordo com o estudo.

Estresse da perda de alguém afeta as pessoas fisicamente

Londres. A equipe responsável pela pesquisa acredita que a descoberta é importante para entender como a rejeição social pode levar a dores físicas e a certos tipos de distúrbios "Estudos anteriores não tinham mostrado a relação entre a dor física e a emocional, e também tinham usado eventos menos dramáticos, como alguém que tivesse simplesmente afirmado não gosto de você", disse o psicólogo Edward Smith. "No estudo, os voluntários haviam de fato sido rejeitados e continuavam sentido a dor da perda", completou.

Há ainda evidências de que o estresse emocional, como a perda de um ente querido, pode afetar as pessoas fisicamente. De acordo com Smith, estudos como esse podem ajudar os pesquisadores a desenvolver maneiras de ajudar pessoas que são sensíveis à perda ou à rejeição.


0 comentários: