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25 de março de 2011

Japonês cria espermatozoide em laboratório pela primeira vez

Estudo com camundongos resultou em crias férteis e saudáveis

Tóquio, Japão. Pela primeira vez na história, cientistas conseguiram desenvolver spermatozoides em laboratório a partir de um estudo que pode ajudar a resolver os problemas de fertilidade em seres humanos. O trabalho, publicado na revista "Nature", é a tentativa mais bem-sucedida até hoje de criar espermatozoides de mamíferos em laboratório.

Pesquisadores japoneses da Universidade da Cidade de Yokohama cultivaram pequenos pedaços de tecido dos testículos de ratos congelados. Depois de várias semanas, eles coletaram espermatozoides viáveis a partir do tecido.

No processo inovador, os cientistas tentaram fornecer quase todos os componentes da formação natural das células. Para que elas se desenvolvessem totalmente, eles adicionaram KSR, produto muito usado em culturas de células-tronco.

Os espermatozoides foram, então, usados em um tratamento de fertilização in vitro, produzindo 12 filhotes, todos saudáveis e férteis.

"Um dos problemas que enfrentamos, como urologistas, é que não temos meios eficazes para tratar pacientes que sofrem de infertilidade masculina, devido à insuficiente produção de espermatozoides ou com defeito", disse Takehiko Ogawa, que conduziu o estudo. "A maioria desses problemas é por razões desconhecidas", disse.

Segundo ele, a nova técnica vai permitir aos cientistas estudar em detalhes o processo de produção de espermatozoides e elucidar as falhas que causam a infertilidade.

A produção de espermatozoides de mamíferos em laboratório era tentada há décadas. A criação dessas células masculinas é conhecida como espermatogênese e costuma demorar 64 dias em humanos e 35 em ratos, segundo os pesquisadores.

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