Redes sociais são novo espaço para criticar e reclamar de gente e empresas
NOVA YORK, EUA. A "novela" da contratação de Ronaldinho Gaúcho por um time brasileiro, terminada no início desta semana com o anúncio de um acordo com o Flamengo, provocou na internet uma onda de críticas e tentativas de constrangimento ao jogador e ao seu irmão e empresário Roberto Assis. Torcedores, principalmente do Grêmio e do Palmeiras, preteridos em favor do time carioca, começaram uma onda de gozação e escárnio no Twitter, chamando Ronaldinho de "Dentuço Pilantra" e seu irmão de "A$$i$", referindo-se ao suposto leilão feito por um melhor contrato.

consumo. Enquanto muitas empresas usam redes sociais para autopromoção, muitos consumidores usam essas plataformas para se defender de atendimentos ruins. Os clientes, que de outra forma ligariam para serviços de relacionamento com o a empresa para reclamar da qualidade do serviço, agora constrangem as empresas publicamente.
Até o Facebook, cujo lema é "conectar e compartilhar o que quiser com quem é importante em sua vida", está virando um pelourinho virtual, onde as ações dos párias online são julgadas e comentadas segundo a moral do mundo real, geralmente sem contexto ou compaixão.
"Se você jogar pedras e vir as pessoas sangrando e chorando, você pode até pensar imediatamente que sua atitude foi longe demais", disse Daniel J. Solove, autor de "The Future of Reputation" (O Futuro da Reputação) e professor de lei de privacidade da Universidade George Washington. "O problema é que, online, não dá para ver isso".
Antes, para envergonhar alguém online, só havia blogs específicos, fóruns ou salas de bate-papo privadas - alguém tinha que procurar um site para despejar suas críticas. Hoje, porém, é fácil constranger alguém ou repercutir má conduta através da rede. Com o aumento do interesse nas mídias sociais, todo mundo tem voz. Qualquer coisa pode ser repetida usando-se Twitter. É possível publicar, comentar ou assistir a algo no YouTube. Não é difícil criticar ou ser julgado pelos 500 milhões de espectadores curiosos do Facebook. "Sempre quisemos constranger as pessoas que fizeram coisas más", disse Malcolm Gladwell, repórter da revista "New Yorker".
"Agora é barato fazer isso. É fácil quebrar as barreiras".
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