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7 de janeiro de 2011

Bebê que brinca com os pais tem melhor rendimento escolar

Estudo enfocou famílias em situação de risco de exclusão ou de baixa renda

Nova York, EUA. Um estudo desenvolvido pela Escola de Medicina de Nova York comprova que brincadeiras entre pais e filho ajudam no desenvolvimento da criança e influenciam o rendimento escolar.

Os pesquisadores concluíram ainda que crianças de famílias com baixa renda ou em situação de risco de exclusão têm um rendimento escolar mais baixo, e que os programas de interação pai-filho que podem ser feitos nas visitas ao pediatra auxiliam o desenvolvimento já no primeiro ano de vida.

No estudo, os pesquisadores agruparam 675 pares de pais - ou mães - e bebês que recebiam atendimento pediátrico no Bellevue Hospital Center, em Nova York. Eles foram divididos aleatoriamente em três grupos: 225 pares para o grupo de controle, 225 para o Projeto de Vídeo Interação (PVI) e 225 para o Projeto Blocos de Construção (PBC).

No programa PVI, as mães e seus bebês tiveram 15 sessões de 30 a 45 minutos com um especialista em desenvolvimento infantil no mesmo dia das consultas habituais. Nessa visita, mãe e filho praticavam atividades como jogos, leitura de livros e simulação de rotinas diárias. Tudo era gravado em vídeo e, depois, visto pela dupla e pelo especialista, a fim de identificar as dificuldades da criança e reforçar cuidados nesses aspectos.

No projeto Blocos de Construção, materiais como brinquedos e livros são enviados à família mensalmente, junto com panfletos educativos que explicavam aos pais como eles deveriam agir diante de determinadas dificuldades e estipulavam metas de leitura. O grupo de controle recebeu apenas o cuidado pediátrico padrão.

Conclusão. No primeiro relatório, os pesquisadores descobriram que as famílias participantes tanto na do PVI quanto do PBC haviam aumentado suas interações entre pai e filho no que diz respeito a jogos e atividades de leitura. Além disso, as famílias que participaram do PVI aumentaram as atividades de ensino e as interações verbais durante as rotinas diárias. No segundo relatório, os investigadores descobriram ainda que o Projeto Vídeo Interação diminuiu o tempo que as crianças passavam em frente à televisão.

Os pesquisadores acreditam que os resultados tenham sido otimizados, pois o raciocínio e o desenvolvimento do cérebro é mais rápido na infância, e o uso de estratégias inovadoras, como a filmagem e a estipulação de metas, também contribuíram para o sucesso da pesquisa.

A pesquisa mostra que novos métodos pediátricos podem desempenhar um papel importante na solução de problemas críticos como a grande diferença de nível escolar entre crianças de baixa e alta renda.


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