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15 de novembro de 2010

Há teólogos que fazem da Bíblia e da teologia outros deuses

Só Deus é permanente, tudo o mais é criado e mutável

Só Deus é incriado, imutável e permanente. Tudo o mais é criado, temporário e mutável. As coisas criadas só são permanentes justamente na sua constante impermanência. Muito se deve a essa verdade o fato de as ideias religiosas e políticas estarem em constante transformação. Hoje, se troca de religião e de partido como se troca de camisa. E muitas pessoas têm mais de uma religião e mais de um partido.

Os teólogos cristãos são, às vezes, idólatras e politeístas, dando prioridade aos assuntos teológicos dogmáticos, endeusando-os juntamente com a Bíblia, que foi criada para o homem e não o homem para a Bíblia. O homem é, pois, superior à Bíblia, que é apenas um conjunto de normas de boa conduta para o homem diante de Deus, de si próprio e dos outros homens. A Bíblia existe porque existe o homem. Antes que ela houvesse, já havia o homem. E o valor da Bíblia é subjetivo, pois depende de quem a aceita.

E porque a Bíblia foi escrita por seres humanos imperfeitos, ela contém erros. Uns dizem que os homens que a escreveram foram inspirados por Deus. Mas os seus erros comprovam que a sua autoria não pode ser divina. Na verdade, ela foi inspirada por espíritos, que são todos de Deus. Mas eles não são perfeitos, estando todos eles, pois, sujeitos a errar, tanto os encarnados de cá como os desencarnados de lá.

Todo espírito manifestante na Bíblia ou fora dela é um mensageiro ou enviado de Deus ou dos espíritos do projeto de Deus (Hebreus 1,14). Não há homem justo (Eclesiastes 7,20). Por isso os espíritos santos e justos desencarnados manifestantes na Bíblia são imperfeitos, estando, pois, sujeitos a errar. Além disso, um espírito santo ou justo inspirador dum texto bíblico pode ter dito a verdade para um profeta (médium hoje). Mas esse espírito santo poderia ser mal interpretado pelo autor (profeta) sagrado e inspirado. E daí decorrem também erros bíblicos. Quando dizemos, pois, que a Bíblia é a palavra de Deus, não podemos entender isso, literalmente, mas apenas que ela contém mensagens de Deus ou dum espírito santo do bem, do projeto divino, para nós. Examinemos, pois, as Escrituras, identificando os espíritos manifestantes nelas e a interpretação que se lhes dá. Observemos o seguinte episódio. Um espírito maligno enviado por Deus atormentava Saul (1Samuel l6,23). Daí são João nos recomendar o exame dos espíritos que profetizam (1 João 4,1). Se forem maus (atrasados), não podemos dar crédito às suas falsas profecias.O que dissemos sobre a Bíblia vale também para as teologias impostas pela força. E há teologias tão falidas, que seus teólogos evitam falar nelas, preferindo falar de política e outros assuntos, a falar delas. Mas o teólogo pode ser político, e vice-versa, pois religião e política são assuntos de interesse do grande público em geral. E, lamentavelmente, há até os fanáticos!
E não é estranha a oscilação da preferência, ora por uma religião, ora por um partido político entre as pessoas, pois a liberdade religiosa e a democracia predominam hoje no mundo. Ademais, as ideias religiosas e políticas estão em constante evolução.

Realmente, como vimos, apenas Deus é permanente, além de Ele ser superior a todas as coisas, inclusive à Bíblia e às teologias, embora nem sempre seja essa a verdade observada pelos teólogos!

Escrito por:José Reis Chaves

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