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22 de novembro de 2010

Deus não premia nem pune, nós colhemos o que semeamos

Ninguém consegue ofender a Deus, pois Ele é inofendível

Na Bíblia, muitas coisas são atribuídas a Deus, para que entendamos que, se Deus faz, nós temos que fazer também. Deus trabalhou seis dias e descansou no sétimo. Deus não cansa, daí que não descansa. Mas nós cansamos e temos que descansar. E assim nasceu o dia de folga semanal.

Lemos também na Bíblia que Deus perdoa e até oramos no Pai Nosso, pedindo a Ele que nos perdoe como nós perdoamos a quem nos tiver ofendido. Também aqui se fala que Deus perdoa para ensinar para nós que nós temos que perdoar. Só pode perdoar aquele que for ofendido. Ora, ninguém consegue ofender a Deus, pois Ele é inofendível. O que fazemos é não obedecer às suas leis. Mas quem sofre ou é ofendido com isso é a vítima e, consequentemente, o ofensor, pois ceifará o que semear. Se alguém der um prejuízo de R$ 50 para uma pessoa, é ela, a vítima, que sofre com a falta do infrator da lei divina e não Deus. Portanto, é a vítima que tem que perdoar. Deus, pois, não pode perdoar, mas Ele nos dá todas as chances de perdoarmos e de sermos perdoados. Para isso existe a reencarnação.

E o que se pede a Deus em nome de Jesus implica o mérito do pedinte, pois "pedir em nome de Jesus" inclui também a sua doutrina de "a cada um será dado segundo suas obras" (são Mateus 16,27). Diz-se também que Deus castiga e premia. Mas Deus não pune nem premia ninguém. Apenas funciona a sua lei de causa e efeito (ação e reação ou cármica). Deus é imutável e, pois, neutro. Assim, a nossa alegria não agrada a Ele, e menos ainda Lhe agrada a dor que colhemos pela semeadura do mal, mesmo também porque Deus não é sádico. E atribuir a Ele essas coisas humanas, seria outro modo de antropomorfizar Deus.

Muitos líderes religiosos cristãos, não podendo negar a realidade bíblica e universal da lei de causa e efeito, mas ao mesmo tempo querendo negar o fenômeno da reencarnação e as várias moradas do Pai, criaram a fantasiosa e excêntrica doutrina da maldição das gerações, que é uma aberração do ensino da Bíblia, das outras escrituras sagradas e da justiça divina. Essa doutrina ensina que uma falta cometida por um antepassado duma pessoa é causa de um sofrimento na vida dela. Na verdade, a maldição (pecado) das gerações (reencarnações) passadas é a do próprio espírito dum antepassado, que voltou reencarnado e sofre, agora, num corpo dum descendente seu. Para a justiça perfeita de Deus seria um absurdo que o espírito dum neto, que não fosse o mesmo do avô, tivesse que pagar os erros do espírito do avô! "A alma que pecar, essa morrerá: o filho não leva a iniquidade do pai, nem o pai a iniquidade do filho" (Ezequiel 18,20).

Esses líderes religiosos deixam de propagar a verdade em defesa de seus afazeres religiosos profissionais, no que são aplaudidos por seus fiéis ignorantes de fé cega e que são inocentes úteis dos erros dos seus dirigentes. Mas ensinou o Nazareno que nada ficará oculto e que o conhecimento da verdade nos libertará, inclusive o da verdade da lei sagrada e inexorável de causa e efeito, que só nós mesmos podemos modificar de acordo com nossas boas ações (Tiago, 5,20; 1Pedro 4,8; e Provérbios 10,12). Nem Deus mesmo pode alterá-la, pois ela, por ser de sua autoria, é perfeita. E Deus não faz acepção de pessoas.

A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória!

Escrito por:José Reis Chaves

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