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25 de novembro de 2010

Crenças determinam os atos

Convicções ditam o sucesso ou o fracasso das pessoas na vida

Você é o que pensa. Ou melhor, as suas crenças sobre quem você é, suas possibilidades e talentos no mundo, suas limitações, seus semelhantes, trabalho, família, sexo, definem como você age no mundo e o que poderá atrair para sua vida, dependendo do padrão de assertividade ou derrotismo que tiver.

"O problema é que, às vezes, tratamos algumas crenças sobre relacionamentos, capacidades e possibilidades como se fossem leis e verdades absolutas e imutáveis, e não é bem assim. As crenças formam nosso mundo social e agem como profecias auto-realizáveis. É claro que algumas coisas não são influenciadas por nossas crenças", explica Neuza Santos, consultora e trainer internacional.

Um exemplo típico disso, cita a consultora, são as leis da natureza, imutáveis, como a gravidade. "Não importa se acreditamos nela ou não. Nada a mudará. Em geral, comportamo-nos do mesmo modo. Nossas ações refletem o que, absolutamente, acreditamos, como se nossas crenças fossem fixas e imutáveis".

Para Neusa, "as crenças são oriundas da nossa educação, da cultura, do ambiente em que vivemos, do exemplo de pessoas que são importantes para nós, das experiências e traumas do passado e de experiências repetidas".

A especialista lembra a parábola de Platão sobre a alegoria da caverna. Ela conta que havia um grupo de pessoas que habitavam uma caverna subterrânea acorrentadas pelo pescoço e pelos pés, e que viviam de costas para a entrada da caverna, de modo que tudo que viam na parede dentro da caverna era a sombra projetada do que acontecia no mundo exterior. Um dia, um daqueles habitantes consegue se libertar daquela prisão, sai da caverna para o mundo exterior e conhece "uma outra realidade", e logo volta para contar aos outros que o que eles veem não passa de sombras trêmulas e são limitações da realidade. Ninguém consegue acreditar nele e argumentam que o que veem é tudo o que existe. Acham que ele ficou louco e acabam matando-o.

"Pessoas matam e morrem por suas crenças. Aquelas negativas não se baseiam na experiência e, sim, naquilo que adotamos como nossas verdades. Elas funcionam como permissão ou obstáculo. Sejam quais forem as circunstâncias, o sucesso ou o fracasso das pessoas se mede por suas convicções e crenças", ensina Neuza.

Mas ela ressalta que as crenças podem mudar. "Podemos escolher novas crenças, deixando de lado as que nos limitam. Crenças positivas funcionam como autorização para explorar um mundo novo e cheio de possibilidades. Precisamos decidir que crenças valem a pena manter para o nosso crescimento, felicidade, saúde física e emocional".

O caminho, ensina a especialista, é mudar suas estratégias mentais para obter aquilo que deseja. "É importante ressignificar algumas de suas convicções e crenças para que a nova programação se instale em nosso inconsciente", ensina.

Exemplo. É o que fez Augusta P. R. Silva, professora de artes. "Aos 10, anos tive uma contusão muito forte seguida de desmaio e convulsão. O médico diagnosticou disritmia. Fazia eletroencefalograma a cada seis meses, tomava anticonvulsivos e, nas consultas médicas, ouvia deles que eu era uma pessoa ‘diferente’ e teria que tomar remédio o resto da vida", relembra. A professora diz que ficou refém da doença e do estigma até os 17 anos quando decidiu que aquela realidade não lhe pertencia. "Internamente, criei uma nova crença de que eu era uma pessoa saudável, feliz, promissora, capaz e que teria uma vida normal. Tenho 55 anos e nunca mais tomei remédio ou tive convulsões. Sou realizada profissionalmente e muito feliz por saber que eu crio a minha realidade", pontua.

Caso real

Louise Hay se curou de um câncer

Louise Hay é terapeuta e escritora, considerada uma referência dentro do universo das terapias complementares justamente porque, quando resolveu mudar sua crença, ela se curou de um câncer. "Anos atrás, recebi um diagnóstico de câncer vaginal. Devido ao meu passado, que inclui um estupro aos 5 anos e uma infância cheia de maus-tratos, não foi surpresa eu manifestar a terrível doença nessa parte do corpo", diz.

Ela entrou em pânico, mas, consciente de que o câncer poderia ser provocado por um profundo ressentimento, "guardado até, praticamente, começar a comer o corpo", ela soube que teria muito trabalho mental pela frente. Ela sabia que, se fosse capaz de eliminar por completo o modelo mental que "criara" o câncer, estaria curada. Seis meses depois, os resultados dos exames confirmaram sua cura total.

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