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28 de outubro de 2010

Um quinto dos animais vertebrados da Terra pode desaparecer

Expansão agrícola e a perda de habitat são maiores causas do problema

Nagoya, Japão. Estudo com a participação de 174 pesquisadores de diversas instituições concluiu que uma em cada cinco espécies de vertebrados está ameaçada de extinção no mundo. E, pior, a taxa tem aumentado: no período de 1980 a 2008, em média 52 espécies de mamíferos, aves e anfíbios se moveram para uma categoria mais próxima da extinção a cada ano.

As principais causas para a perda de espécies são a expansão da agricultura, a exploração de madeira e a introdução de espécies invasoras que acabam competindo com as nativas. "A espinha dorsal da biodiversidade está sendo corroída. Um pequeno passo dentro da Lista Vermelha é um salto de gigante rumo à extinção", disse Edward O. Wilson, um dos mais reconhecidos biólogos da atualidade, da Universidade Harvard. As espécies estudadas constam da chamada Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). As categorias da lista são: menos preocupante, quase ameaçado, vulnerável, em perigo, criticamente em perigo, extinto na natureza e extinto (até em cativeiro).

Apesar de refletir a crise atual da biodiversidade, o documento, publicado na revista "Science", serve para encorajar os esforços de conservação. De 25.780 espécies analisadas, 64 - entre mamíferos, aves e anfíbios - tiveram melhora no status graças a ações realizadas por governos ou ONGs. "Mostramos que os esforços não são em vão. As ações de conservação estão fazendo a diferença. O que é preciso agora é aumentar o investimento", disse Ana Rodrigues, uma das autoras do estudo, do Centro de Ecologia Funcional e Evolutiva, da França. Ela diz que a criação de unidades de conservação na Mata Atlântica permitiu evitar perda de hábitat e controlar atividades de caça - possibilitando que espécies como o mico-leão-dourado e o papagaio-de-cara-roxa não desaparecessem. Outro exemplo é a moratória para a caça de baleias, que garantiu a recuperação da baleia-azul.

Japão promete US$ 2 bilhões para proteger biodiversidade
NAGOYA, Japão O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, anunciou ontem que o Japão doará US$ 2 bilhões nos próximos três anos aos países em desenvolvimento para proteger a biodiversidade, uma iniciativa saudada pelo Brasil, porta-voz dessas nações. "Vamos lançar uma iniciativa para apoiar os esforços dos países em desenvolvimento, para que elaborem suas estratégias nacionais e as apliquem", disse Kan, na 10ª Conferência do Convênio sobre a Diversidade Biológica, em Nagoya.
A questão da ajuda financeira aos países em desenvolvimento é um dos pontos-chave do encontro. Os outros temas cruciais são a instituição de metas globais para 2020 (percentual de áreas protegidas, por exemplo) e a aprovação de um acordo sobre as condições de acesso das indústrias do Hemisfério Norte aos recursos genéticos dos países do sul.

Risco maior
Anfíbios. O estudo aponta que os anfíbios estão em "situação calamitosa", por serem particularmente sensíveis à perda de hábitat e à degradação do ecossistema.

fonte:Otempo

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