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15 de outubro de 2010

Posicionadores para dormir põem a vida do bebê em risco

WASHINGTON, EUA. Retirados do mercado norte-americano após a morte de uma dúzia de crianças, os posicionadores de bebês estão sendo vendidos no Brasil sem qualquer fiscalização. Segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nenhum dos dois órgãos de fiscalização brasileiros faz qualquer tipo de teste nesse tipo de equipamento ou controla sua comercialização.

Nos Estados Unidos, 12 crianças foram sufocadas e dezenas foram postas em risco por posicionadores para dormir comercializados como um produto para proteger a síndrome da morte súbita infantil, disseram oficiais de duas agências do governo norte-americano na última semana. Eles disseram que os dispositivos - esteirinhas planas ou inclinadas com uma almofadinha de cada lado para ajeitar o bebê para dormir - devem ser retirados do mercado.
"Estamos muito preocupados com o risco que esse produto apresenta aos bebês", disse Inez Moore Tenenbaum, chefe da Comissão de Segurança dos Produtos ao Consumidor dos EUA.

Os posicionadores, vendidos em lojas de artigos para bebês, deveriam mantê-los deitados sobre as costas, de barriga para cima. Mas o governo dos EUA disse que a maioria dos bebês se sufocou após virar para o lado e ficar de bruços. Os oficiais disseram que nenhum dos vários produtos comercializados para a prevenção de síndrome da morte súbita infantil (SMSI) se provou eficaz e que praticamente todos eles devem ser evitados. "Muitos produtos estão no mercado fazendo essas alegações e isso precisa parar", disse Joshua M. Sharfstein, vice-comissário da Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA). "Eles são dispositivos ilegais".

Rachel Y. Moon, chefe da força-tarefa da Academia Norte-americana de Pediatria sobre a síndrome, afirmou que outros produtos contra a SMSI que estão no mercado e preocupam por questões de segurança incluem protetor de berço, "co-sleepers" (berço que funciona como uma extensão da cama dos pais), os colchões excessivamente macios, os apoios de cabeça e as almofadinhas de espuma. "Há centenas desses produtos que podem causar mal para os bebês", disse Rachel, que pesquisa SMSI no Centro Médico Nacional Infantil de Washington.

"O erro mais comum é que os pais acham que se o produto é vendido, deve ser seguro. Isso não é verdade. Os produtos que têm muita espuma, espuma de memória, muito amortecimento ou qualquer outra coisa que possa sufocar um bebê nunca devem ser usados no berço", disse Rachel.

Tanto a comissão de segurança dos produtos quanto a FDA prometeu que começariam em breve a policiar mais agressivamente o mercado de dispositivos para o conforto e sono infantil.

A FDA alertou alguns fabricantes de que seus produtos são perigosos e devem ser retirados do mercado. Recalls de produtos específicos podem ser solicitados nas próximas semanas, disse o comissário Sharfstein. Mas a FDA espera que os fabricantes dos posicionadores para dormir retirem rapidamente seus produtos de circulação sem uma notificação formal de recall.

Pelo menos uma grande loja varejista dos Estados Unidos, a Toys "R" Us, divulgou que está emitindo um aviso de "deixamos de vender" para os posicionadores em suas lojas físicas e online e já retirou os produtos das prateleiras.

A FDA aprovou 18 posicionadores para dormir na década de 1980 porque havia evidências de eles ajudavam a aliviar os sintomas da doença do refluxo e da síndrome da cabeça achatada, também conhecida como braquiocelfalia ou plagiocefalia, explicou Sharfstein. Mas, desde então, muitos outros produtos entraram no mercado sem a aprovação da agência. Todos esses produtos - inclusive aqueles aprovados anteriormente - devem ser retirados de circulação. "Hoje, nossa visão é que, devido ao risco, a evidência modesta de benefício não vale mais do que o risco", disse Sharfstein.

Sem licença
Marca. Uma das líderes de mercado nos EUA e no Brasil é a The First Years, cujo produto é importado pela Girotondo. O site da empresa nacional diz que o posicionador não tem licença. A Girotondo não se manifestou.

fonte:Otempo

1 comentários:

Mad Resgate disse...

Ola Ewerton
Achei muito interessante sua postagem
De fato algumas empresas preocupadas apenas com seus lucros, não tomam o devido cuidado em realizar testes buscando a segurança e conforto das crianças
Há alguns dias publiquei uma postagem abordando o mesmo assunto em meu blog, se puder confere por lá, está ligando ao mesmo assunto de sua publicação
O link é: http://poesiasefatos.blogspot.com/2010/10/almofadas-para-bebe-cuidado.html
Devemos alertar e tomar o maior cuidado quando o assunto são nossas crianças.
Valeu o post
Um forte abraço
Mad