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20 de setembro de 2010

O monoteísmo e o politeísmo presentes em todas as religiões

Por incrível que pareça, ambos são fortes no cristianismo

Geralmente, todas as religiões têm o seu Deus maior e seus deuses secundários ou auxiliares do Deus Supremo.

Os teólogos cristãos do passado, em suas elucubrações teológicas influenciadas por ideias mitológicas e antropomórficas sobre Deus, criaram doutrinas incompatíveis com Ele. Inclusive na Bíblia, que foi escrita por seres humanos imperfeitos, nós encontramos muitos erros sobre Deus, que não Lhe podemos atribuir, já que Ele é infalível. Espíritos santos, evoluídos, inspiraram os autores bíblicos (Hebreus 1,14). Mas nenhum espírito, encarnado ou desencarnado, por não ser infalível, está isento de cometer erros. Nisso está uma das principais causas dos erros na Bíblia. Isenção total de erros é só com Deus. São João ensina-nos, no Novo Testamento (1 João 4,1), a examinarmos os espíritos, o que os judeus, no Velho Testamento, não faziam. Como se diz, eles tomavam gato por lebre! E o pior acontecia, pois, muitas vezes, por ignorância, eles tomavam até espíritos atrasados como sendo o do próprio Deus. Ademais, sempre queriam esconder as manifestações dos espíritos. Daí as traduções da Bíblia, principalmente as mais recentes, tanto católicas como protestantes, terem truncado textos em que há comunicações de espíritos, como está acontecendo escandalosamente com a passagem joanina citada.

O papa Bento XVI, recentemente, disse que até os orientais conhecidos como sendo povos politeístas, na verdade, creem num só Deus. Realmente, as religiões orientais falam em muitos deuses, mas defendem a existência de um único Deus criador e incriado, o Brâman, que sempre existiu como sendo o chefe de todos os deuses (Hebreus 12,9). Esses deuses são denominados de deuses pagãos, de que Baal é um exemplo, ou demônios ("daimones" no grego, a língua do Novo Testamento), e somos nós mesmos (Salmo 82,6; e João 10,34). E podemos ser deuses ou demônios bons (evoluídos), maus (atrasados) ou nem bons nem maus, como o é a maioria de todos nós. Mas por mais evoluídos que sejamos, seremos sempre deuses relativos. Mesmo Jesus, que é considerado por algumas doutrinas dogmáticas como sendo outro Deus, é um Deus relativo, pois Deus absoluto, o verdadeiro, é só aquele que é o Pai de Jesus e de todos nós (João 14,28).

Os anjos são apresentados em forma humana, pois são seres humanos evoluídos, e é assim que sempre foram e são vistos pelos videntes (1 Samuel 9,9). Anjo Gabriel significa "homem iluminado" ou aquele que já é, na linguagem budista, um buda, ou um espírito evoluído na maioria das religiões. E, mesmo entre os anjos, há níveis diferentes de evolução: querubins, arcanjos, serafins. Aliás, a evolução é uma realidade inquestionável. Até Jesus se aperfeiçoou (Hebreus 2,10; e 5,9).

Geralmente, as religiões têm um quê de monoteísmo e de politeísmo, pois os espíritos dos mortos sempre se manifestaram, e eles, às vezes, eram confundidos com o Espírito do próprio Deus. E até encarnações de espíritos iluminados foram tidas como sendo de Deus.

E, por incrível que pareça, é no cristianismo que o monoteísmo e o politeísmo estão mais presentes. Os teólogos dizem que Deus é um só, e que as Pessoas da Santíssima Trindade é que são três. Isso equivale à afirmação estranha de uma só alma para três indivíduos! E esse imbróglio teológico não é de Deus, mas dos próprios teólogos, embora eles, cometendo blasfêmia, queiram atribuí-lo a Deus!

Escrito por:JOSÉ REIS CHAVES
Teósofo e biblista - jreischaves@gmail.com

fonte:Otempo

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