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19 de julho de 2010

Deus nos dá novas chances para passar pela porta estreita

Quando ficarmos quites, não pagaremos mais nada

As ideias racionais impõem-se por si próprias e não por seu autor. E que me perdoem os que não pensam como eu.

Há espíritos que apreciam o sacrifício, a dor e o sofrimento dos seres vivos. Certamente, eram sádicos quando encarnados. E alguns espíritos são tão atrasados, que gostam, principalmente, de sangue humano. João recomenda-nos que examinemos os espíritos (1 João 4,1). E para alguém examinar um espírito, ele tem que seguir a Bíblia e a doutrina codificada por Kardec.

Espíritos atrasados da Bíblia foram tomados como sendo o do espírito Deus. E ela não é "ipsis litteris" a palavra de Deus. Mas ela contém espíritos humanos bons que nos são enviados por Deus (Hebreus 1,14). Anjo Gabriel é "homem de luz". Realmente, anjo (enviado) é um espírito humano já muito evoluído e, pois, iluminado.

É um absurdo alguém pensar que o espírito do próprio Deus goste de sangue, o que eu chamo de teologia do sangue. Por influência das religiões pagãs e até do judaísmo, os teólogos cristãos concluíram que Deus ficou aborrecido com a humanidade por ela ter pecado, e que a única solução para Deus voltar a sorrir para nós humanos teria sido o monstruoso pecado do sacrifício da morte de Jesus na cruz. Se você reprova o sacrifício de animais, como aceitar que Deus se deleitaria com o de um ser humano? Teria Deus um amor sádico para com seu Filho Jesus? E se Jesus é outro Deus, como muitos teólogos ainda ensinam, seria Ele também masoquista, que se deleitaria com o seu próprio sofrimento? Ademais, poderia Deus morrer? Alguns diriam que Ele morreu como homem e não como Deus, mas eles mesmos ensinam que não se pode separar o lado humano de Jesus do seu lado divino!

A Santa Ceia, promovida por Jesus como despedida dos seus apóstolos, foi transformada num ritual, que respeito, mas que, estranhamente, é uma comemoração dum dos maiores pecados da humanidade. Pecado não se paga com outro pecado! Os gnósticos do cristianismo primitivo detestavam a cruz, justamente porque ela foi o instrumento da tortura e morte de Jesus. Há muitos religiosos que, agindo como se o ensino do Mestre fosse uma doutrina da preguiça, pensam que o sangue de Jesus derramado na cruz é tão agradável a Deus, que ele até lava os nossos pecados. Jesus, porém, não quer sacrifícios, mas misericórdia (são Mateus 9,13), e disse que somos nós mesmos que pagaremos tudo até o último centavo. Quando ficarmos quites, não pagaremos mais nada. E isso nos leva a perguntar onde ficam as chamadas penas eternas?
Mas nós temos que buscar a difícil passagem pela porta estreita da salvação. E uma vida só não dá nem para começarmos a buscá-la. Mas por serem infinitos a misericórdia de Deus e o seu amor para com seus filhos.

Ele criou a reencarnação para a nossa evolução até que nós, enfim, consigamos passar pela porta estreita, sem o que, aliás, seria insustentável essa doutrina do amor infinito e da também infinita misericórdia de Deus para conosco!

Escrito por:JOSÉ REIS CHAVES
Teósofo e biblista - jreischaves@gmail.com
fonte:Otempo

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