Related Posts with Thumbnails

1 de junho de 2010

Mulheres fumam cada vez mais

Campanha alerta sobre os danos causados pelo fumo à saúde da mulher

Treze em cada cem brasileiras fumam atualmente. A proporção totaliza quase 10 milhões de mulheres, que gastam, em média, mais de 10% de um salário mínimo por mês com o vício, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio de 2008 (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Dia Mundial sem Tabaco, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) lançou campanha para alertar as mulheres sobre os danos à saúde causados pelo cigarro. Com base em um levantamento dos estudos realizados nos últimos anos, o Inca alerta que o fumo, aliado a fatores específicos relacionados à vida feminina, pode aumentar em até dez vezes o risco de infartos.

Segundo relatório divulgado pelo instituto, mulheres que fumam e usam pílulas anticoncepcionais têm dez vezes mais chances de sofrer ataques cardíacos e embolia pulmonar do que as não-fumantes que usam o mesmo método de controle de natalidade. O risco de doenças do sistema circulatório ainda aumenta 39% e as chances de desenvolver doenças coronarianas, 22%. O medicamento facilita a formação de coágulos e o cigarro obstrui as paredes dos vasos sanguíneos.

O Inca destaca que o tabagismo é responsável por 40% das mortes de mulheres com menos de 65 anos em todo o mundo. "Além disso, o número de casos de câncer de pulmão aumentou muito entre as mulheres, porque elas absorvem mais fumaça que os homens quando fumam - há estudos científicos que comprovam isso", disse o diretor geral do Inca, Luiz Antônio Santini.
O relatório aponta também os danos causados pelo cigarro à fertilidade e à gravidez. Segundo o texto, mulheres fumantes que não usam pílulas anticoncepcionais têm a taxa de fertilidade reduzida em 24%, devido à concentração de nicotina no ovário. Quem fuma antes da gravidez pode ter duas vezes mais chances de ter dificuldades de concepção.

O diretor geral do Inca também cobrou a aprovação de uma legislação federal, em tramitação no Congresso, que proíba os fumódromos em ambientes fechados, a exemplo do que estabelecem leis em vigor em São Paulo, no Rio e em outros Estados.


Alerta
Comerciais seduzem com os cigarros “light”

Rio de Janeiro. A escolha do tema “Tabaco e Gênero” para o Dia Mundial sem Tabaco em 2010 foi uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), que alerta para o aumento do número de mulheres fumantes.

Segundo a OMS, a prevalência de tabagismo entre os homens atingiu o pico, mas as mulheres estão fumando cada vez mais: elas já representam 20% do total de tabagistas do planeta, um contingente formado por 1,3 bilhão de pessoas de ambos os sexos. Atualmente, 9,8 milhões de brasileiras são fumantes.

“Embora o tabagismo no mundo esteja diminuindo, a redução não é tão significativa em relação às mulheres”, afirmou o diretor-geral do Inca, Luiz Antônio Santini.

A OMS também aponta a mulher como principal vítima das campanhas publicitárias, que usam categorias “ilusórias”, como os cigarros “light”, para atrair mulheres. A organização afirma que 63% dos consumidores desses produtos são do sexo feminino, e alerta que fumantes desses tipos de cigarro tendem a fumar mais e a inalar mais fumaça para absorver a quantidade necessária de nicotina.


fonte:Otempo

0 comentários: