Uma análise de estudos recentes sobre o desenvolvimento dos fetos confirmou que não há evidências de que os bebês sejam capazes de sentir dor antes de completar 24 semanas de gestação.O estudo, feito por médicos do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, na Grã-Bretanha, concluiu que os fetos estão "pouco desenvolvidos e sedados" nesse estágio.
As conexões nervosas no cérebro não se formaram completamente, e o ambiente do útero cria um estado de sono induzido, como um estado de inconsciência, diz o texto. Espera-se que grupos que fazem campanha contra o aborto questionem as conclusões do estudo.
A discussão sobre a capacidade do feto de sentir dor até a 24ª semana de gestação é parte de um debate a respeito do limite legal para abortos na Grã-Bretanha. Atualmente, a lei permite o aborto até 24 semanas.
O primeiro estudo se concentrou na questão da dor. E concluiu que as conexões nervosas no córtex cerebral, área que processa respostas a estímulos dolorosos no cérebro, não se formam por completo antes de 24 semanas.
"Podemos concluir que o feto não é capaz de sentir dor, em qualquer sentido da palavra, antes desse ponto". Um outro estudo tentou estabelecer quais tipos de malformações mentais e físicas poderiam resultar em "deficiências sérias".
Abortos motivados por malformações são permitidos por lei após 24 semanas de gestação. Eles representam 1% do total de abortos em todo o país.
No Brasil
Estatísticas. Pesquisa feita pela Universidade de Brasília (UnB) apontou o perfil da mulher brasileira que já interrompeu a gestação. Ao todo, foram entrevistadas 2.002 mulheres, de 18 a 39 anos, em todo o país - uma em cada sete já tinha feito aborto.
Lei. Atualmente, a legislação brasileira só autoriza o aborto em casos de estupro ou quando a gravidez gera risco para a mãe.
fonte:Otempo






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