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4 de junho de 2010

Brasil obtém segundo lugar em ranking de consumo "verde"

Desempenho do país melhorou neste ano, mas ficou pior do que o obtido em 2008

Lista foi elaborada após entrevistas com 17 mil pessoas em 17 países

O Brasil ficou em segundo lugar em um ranking de "consumo verde" compilado pela National Geographic Society, uma instituição científica e educacional com sede nos Estados Unidos. A lista foi elaborada por meio de entrevistas com 17 mil pessoas em 17 países, entre emergentes e avançados, e mediu os hábitos em relação a consumo e estilo de vida em 65 quesitos - entre eles, transporte, moradia, meio ambiente e alimentação. Elaborado há três anos, o ranking chamado Greendex - uma fusão das palavras "índice" (index) e "verde" (green) em inglês - foi novamente encabeçado pelas economias emergentes, com Índia, Brasil, China, México e Argentina.

Norte-americanos e canadenses ficaram na lanterna, embora esses dois países venham registrando progressos no comportamento ambiental desde o início da medição, em 2008. A nota do Brasil foi 58 pontos, maior do que no ano passado (57,3), mas menor do que em 2008 (58,6).

Refletindo uma tendência geral, o melhor desempenho brasileiro foi na questão da moradia, que procura avaliar o impacto ambiental das residências. Em geral, afirmou a National Geographic Society, os brasileiros tendem a morar em casas relativamente pequenas dentro da amostragem (91% dos entrevistados disseram morar em residências com menos de quatro cômodos) e usam pouco ar condicionado e aquecimento.

Nos Estados Unidos e Canadá, por exemplo, cerca de 16% dos ouvidos disseram morar em casas com dez cômodos - uma incidência muito maior que a média. Nesses países, as residências também tendem a ser equipadas com infraestrutura de aquecimento e ar-condicionado.

Por outro lado, disse a National Geographic, os norte-americanos foram os que mais fizeram mudanças e adaptações para aumentar a eficiência energética em suas casas, tal como consertar janelas e criar condições de isolamento térmico.

No quesito alimentação, o desempenho brasileiro foi prejudicado pelo alto consumo de carne - 60% dos brasileiros, 57% dos argentinos e 41% dos norte-americanos e mexicanos comem carne diversas vezes por semana. Na Índia, 81% se disseram vegetarianos.

Outro quesito medido pelo índice foi o de transporte, um setor que responde por quase 20% das emissões de gases que causam o efeito estufa. Aqui os norte-americanos foram os últimos colocados, com 19% dos norte-americanos afirmando ter pelo menos três carros em casa (a média geral foi 7%). Essa tendência é piorada pelo fato de, na metade dos casos, esses veículos serem de grande porte, como tratores e utilitários esportivos.

Nesse quesito, os brasileiros tiveram desempenho pior do que há três anos. Entretanto, ainda assim ficaram em 6º lugar, porque tendem a ter carros mais compactos e mais frequentemente motocicletas, menos poluentes que automóveis.

Índice ainda avaliou atitudes quanto ao meio ambiente
Londres. O índice também avaliou as atitudes em relação ao meio ambiente. Por um lado, os brasileiros não são os que mais citam a questão espontaneamente como um dos grandes desafios do país. Por outro lado, quando perguntados, os entrevistados no país manifestam preocupação com problemas ambientais como a poluição de água e do ar, a mudança climática e a destruição de ecossistemas e biodiversidade.
"As melhorias em todo o mundo são positivas, mas ainda existe uma necessidade urgente de que as pessoas percebam como o seu comportamento afeta o meio ambiente e encontrem maneiras de reduzir sua pegada ambiental", disse o vice-presidente executivo para os programas da National Geographic, Terry Garcia. "Nossa esperança é incentivar a conscientização dos consumidores".





fonte:otempo

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