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28 de maio de 2010

Conheça os principais gatilhos da depressão

Que a depressão é um dos principais distúrbios da vida moderna, praticamente, todas as pessoas sabem. Muito se fala da doença, mas poucos realmente a conhecem e dão a atenção que ela merece.

Até porque no início, alguns de seus sintomas são confundidos com estresse. Uma simples dificuldade de concentração ou agitação, que permaneçam diariamente por pelo menos duas semanas, podem ser sintomas da depressão.

Para o psiquiatra Kalil Duailibi, a doença é mais comum do que se imagina e nunca é demais ficar atento aos seus sinais.

Equivocadamente, as pessoas identificam a depressão como uma tristeza profunda. Na verdade, os sintomas do distúrbio são bem mais abrangentes, entre eles, os já percebidos, como humor deprimido, perda de interesse em fazer coisas que antes eram motivo de prazer, insônia ou muita sonolência, falta de concentração e dificuldade de tomar decisões.

Outros são identificados por agitação ou lentificação dos movimentos, alterações no peso e apetite, fadiga diária, sensação de inutilidade e até pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.

A falta de percepção desses sinais dados pelo organismo ou a insistência em interpretá-los como "normais" ou "passageiros" pode mascarar a doença, dando à depressão diversas faces diferentes da verdadeira e favorecendo uma evolução cada vez preocupante com o tempo.

Atividades prejudicadas

Para o psiquiatra, o distúrbio pode ser classificado, basicamente, em quatro tipos, de acordo com o grau de acometimento e número de sintomas apresentados. O transtorno depressivo maior (também chamado de depressão unipolar ou depressão maior) é o quadro mais comum de depressão, onde são apresentados diariamente pelo menos quatro dos sintomas anteriormente citados, durante duas ou mais semanas, levando a um significativo comprometimento das atividades diárias.

Os transtornos bipolares -também conhecidos por depressão bipolar - são episódios de depressão maior alternados com estados chamados de mania, em que, ao contrário da depressão, o paciente tem uma exacerbada excitação física e mental, com desmedida autoestima e frequente irritabilidade.

De acordo com a intensidade e a frequência desses ciclos, o transtorno bipolar também é considerado um quadro basicamente depressivo de grande comprometimento do cotidiano do paciente.

Por fim, o especialista identifica a distimia e a ciclotimia. No primeiro, os sintomas depressivos não são tão graves a ponto de serem considerados um episódio de depressão maior, mas persistem por dois anos ou mais.

Já no segundo esses mesmos sintomas depressivos se alternam com sintomas maníacos, mas também não são suficientes para caracterizar um episódio de mania.

Na divisão entre sexos, a mulher possui mais tendência à depressão do que os homens. Segundo Kalil Duailibi por conta das questões hormonais. O desequilíbrio químico causado pelo quadro depressivo tem grandes efeitos nos sintomas da tensão pré-menstrual (TPM) e na menopausa.

Alterações químicas

O tratamento de um portador de depressão passa por duas fases, conforme esclarece o psiquiatra. O primeiro é o diagnóstico correto, que avaliará causas clínicas e sociais do paciente. O segundo é o tratamento medicamentoso, com antidepressivos, que pode ser acompanhado de psicoterapia para otimização dos resultados.

Esses medicamentos têm evoluído ao longo dos anos e atuado no organismo de maneira mais eficaz, com diminuição significativa dos efeitos adversos. "Entre eles a pouca interferência no peso e na libido, além de baixa probabilidade de interação medicamentosa com anticoncepcionais, o que é um ganho para as mulheres", avalia o médico.

Aliado ao tratamento medicamentoso, além da psicoterapia, está a prática de atividades físicas, pois liberam endorfina, substância que causa sensações de alegria e bem-estar.

Isso acontece porque o cérebro de uma pessoa diagnosticada com depressão apresenta alterações químicas que precisam ser equilibradas, especialmente no sistema nervoso, responsável pelos níveis de humor, alegria, tristeza, energia e interesse.

O psiquiatra alerta que a depressão também possui uma diferença muito importante no seu tratamento. Ao contrário de uma gripe ou febre, o tratamento deve continuar por vários meses após o desaparecimento dos sintomas, pois caso contrário poderá haver uma recaída dos sintomas. "Por isso que a orientação médica é tão importante na remissão da depressão", completa.


fonte:Paranaonline

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