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5 de março de 2010

Mulheres brasileiras vivem mais do que os homens

Segundo dados do Ministério da Saúde, a mulher brasileira vive, em média, de seis a sete anos a mais que o homem no Brasil.

A taxa de mortalidade masculina é maior que a feminina em todos os grupos de idade e alguns fatores apontam para esta realidade.

Entre os inúmeros fatores externos (violência, acidentes e doenças diversas), está a falta de acompanhamento médico.

"O homem não vai regularmente ao médico, como as mulheres, que desde a primeira menstruação passam a consultar regularmente o ginecologista", admite Modesto Jacobino, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Dados do Datasus apontam que, para cada oito consultas ginecológicas no SUS, acontece apenas uma urológica. "Não adianta criarmos a política se o homem não for aos consultórios, isso acarretará em mais custos para o SUS", alerta o coordenador da área técnica de saúde do homem do Ministério da Saúde, Ricardo Cavalcanti.

Conforme o especialista é fato que os homens buscam os hospitais somente para se internar, isso gera custos para o sistema, além de problemas emocionais para ele e sua família.

Causas culturais

Os avanços da medicina e as melhorias nas condições gerais de vida da população acarretaram na elevação da expectativa de vida ao nascer, e segundo projeção do IBGE, o Brasil continuará elevando a expectativa de vida de sua população, alcançando, em 2050, o patamar médio de 81,2 anos.

Em 2008, o diferencial entre os sexos foi de 7,6 anos, cabendo ao sexo masculino uma esperança de vida ao nascer de 69 anos e ao sexo feminino, 76,6 anos. Independente do motivo, medo ou resistência, o homem não tem o hábito de ir regularmente ao médico, contribuindo para a redução de sua qualidade de vida e, colocando em risco, muitas vezes sua própria vida.

O psicanalista Sócrates Nolasco lembra que uma das causas culturais de o homem fugir dos consultórios médicos é porque há uma imagem consolidada de que homem precisa "aguentar qualquer tranco".

Desde menino, ele aprende que homem não adoece, assim, cuidar da saúde significa admitir fraqueza. "Adoecer está associado à idéia de fragilidade que é incompatível com a imagem de ser forte, poderoso e vencedor predominante na nossa sociedade e disseminada especialmente entre os mais velhos", enfatiza o terapeuta.

"Tudo isso dificulta a prevenção de doenças, estimula a automedicação e a soluções caseiras que podem acelerar o desenvolvimento de doenças tratáveis", ressalta Modesto Jacobino.

Doenças urológicas

A Sociedade Brasileira de Urologia esclarece sobre as doenças urológicas que mais preocupam os homens e que podem ser prevenidas por meio de visitas frequentes a um especialista.

Disfunção erétil - A doença que se caracteriza pela dificuldade de ter ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. Atinge - em algum grau (leve, moderado ou severo) - cerca de 50% dos homens no mundo. Destes, apenas 10% procuram tratamento.

O que muitos desconhecem, é que a disfunção erétil não é apenas um indicativo de dificuldade sexual, mas muito mais abrangente, sinaliza algum problema de saúde geral, física e/ou psíquica.

Andropausa - Muitos a classificam como a "menopausa masculina", sugerindo uma semelhança com a feminina. Contudo, a menopausa marca nitidamente o fim do ciclo reprodutivo nas mulheres.

Ao contrário, a produção dos hormônios sexuais não é interrompida de forma abrupta no homem, mas ocorre uma queda gradativa dos níveis de testosterona no organismo. Os sintomas são percebidos em menor ou maior grau, dependendo de cada pessoa.

Doenças da Próstata - A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino responsável pela produção do esperma. Qualquer anomalia no tamanho, forma ou funcionamento deve ser cuidadosamente avaliada, principalmente em homens com mais de 45 anos, para se evitar o câncer de próstata.

Visitas periódicas e exames de rotina são as maneiras mais eficazes para a detecção de qualquer câncer em fase inicial, tornando o tratamento mais eficaz. Caravana orienta sobre as doenças do homem

A SBU promove uma campanha de alerta sobre a importância de tratar as doenças masculinas. O objetivo é o de esclarecer e orientar gratuitamente, os homens sobre os riscos das doenças que mais preocupam o sexo masculino. O programa intitulado Movimento pela Saúde Masculina atingirá diversas cidades brasileiras.

A caravana contará com uma carreta móvel com estrutura para consulta médica sobre diagnóstico, prevenção e acompanhamento das doenças ligadas à saúde masculina. Essa orientação, realizada por especialistas, possibilitará o esclarecimento de dúvidas por parte da população.

Segundo o presidente da SBU, Modesto Jacobino, a campanha tem como principal foco mostrar que não existem motivos para os homens darem as costas para os problemas masculinos.

"A falta de ajuda médica pode prejudicar não só a própria saúde, mas as pessoas com quem convivem no dia a dia", reconhece. A programação completa da caravana, com as datas e cidades, pode ser conferida no site www.sbu.org/movimento.

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