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5 de março de 2010

Morar junto antes de se casar não faz com que união dure

Número de filhos de pais separados também aumentou no período

Os casais que vivem juntos antes de se casarem são menos prováveis de permanecerem casados, descobriu um novo estudo. Mas as chances melhoram se eles já forem noivos quando começarem a coabitar. A probabilidade de que um casamento dure por uma década ou mais diminui em 6% se o casal coabitou primeiro.

O estudo, realizado pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde usando a Pesquisa Nacional sobre Crescimento Familiar realizada em 2002, analisou homens e mulheres de 15 a 44 anos. Os autores definem coabitação a experiência de morar com um parceiro sexual do sexo oposto.

"Da perspectiva de muitos jovens de hoje, casar sem morar junto primeiro parece bobeira", disse Pamela Smock, professora de pesquisa do Centro de Estudos Populacionais da Universidade de Michigan. "Mesmo com alguns estudos acadêmicos mostrando que morar junto previamente pode aumentar a chance de divórcio de alguma forma, os jovens não acreditam nisso".

Os autores do estudo descobriram que a proporção de mulheres no final dos seus 30 anos que já coabitaram alguma vez dobrou nos últimos 15 anos. O número subiu de 30,5% para 61%.
Metade dos casais que coabitam acaba se casando em até três anos, descobriu o estudo. Se ambos os parceiros forem universitários, aumentam as chances de eles se casarem e de o casamento durar pelo menos dez anos.

"Os números sugerem para mim que a coabitação ainda é um caminho que muitos universitários seguem antes de chegarem até o casamento; e muitas mulheres com menos estudo têm esse mesmo objetivo", disse Kelly Musick, professora de análise política e administração na Universidade Cornell.

Os casais que se casam após os 26 anos ou que dão à luz um bebê oito meses ou mais após o casamento também são mais prováveis de permanecerem juntos por mais de dez anos.

"A coabitação está se tornando cada vez mais a primeira união co-residencial formada entre os jovens", aponta o estudo. "Como consequência do crescente predomínio da coabitação, o número de crianças nascidas de pais não-casados morando junto também aumentou".

Até o início da década passada, a maioria dos nascimentos a partir de mulheres não casadas vinha de mães que viviam com o pai da criança. Duas décadas antes, só um terço desses nascimentos era de casais que coabitavam, devido ao número maior de mães solteiras naquela época.

O estudo descobriu que, hoje, 62% das mulheres entre 25 e 44 anos estão casadas e 8% está coabitando. Entre os homens, 59% estão casados e 10% moram junto com alguém.

No geral, um em cada cinco casamentos se dissolve em até cinco anos. Um em cada três matrimônios dura menos de dez anos. Esses números variam por raça, etnia e sexo. A probabilidade de homens e mulheres negras permanecerem casados por dez anos ou mais é de 50%. A probabilidade de homens hispânicos é a mais alta, 75%. Entre as mulheres, as chances são de 50% de que seu casamento dure menos de 20 anos.




A pesquisa também descobriu que 28% dos homens e mulheres haviam morado juntos antes do seu primeiro casamento. 7% coabitavam e nunca se casaram. Aproximadamente 23% das mulheres e 18% dos homens se casaram sem ter morado juntos.

As mulheres que moravam com seus pais aos 14 anos de idade eram menos prováveis de se casar e mais prováveis de apenas coabitar, em relação àquelas que cresceram com ambos os pais no lar.

A percentagem daquelas mulheres que já haviam se casado variou por raça e etnia. A pesquisa constatou que 63% das mulheres brancas, 39% das negras e 58% das hispânicas já se casaram. Entre os homens nessa faixa etária, as diferenças foram menos notáveis: 53% dos homens brancos, 42% dos negros e 50% dos hispânicos estavam casados ou haviam se casado anteriormente na época da pesquisa.

No início dos 40 anos de idade, a maioria dos homens e mulheres brancos e hispânicos estava casada, mas apenas 44% das mulheres negras estavam na mesma situação. (SR/NYT)

No Brasil
- Apesar do desejo de fazer um casamento durar a vida inteira, hoje, de cada quatro casamentos, um acaba em separação no Brasil.
- A família convencional ainda é a maioria. Mas, cada vez mais, surgem novos modelos de família.
- No país, o casamento e a união estável têm os mesmos direitos. O mesmo patamar, as mesmas garantias.

fonte:Otempo

1 comentários:

Rosana Madjarof disse...

Ewerton,

Excelente matéria.

O que faz com que um casa permaneça junto não é o fato de morar antes ou depois do casamento oficial, mas sim, o amor que os une.

Muito bom.

Bjs.

Rosana.