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16 de janeiro de 2010

"BBB 10" divide integrantes em tribos e levanta discussão

"Big Brother Brasil 10" começou rico em polêmicas. Não bastasse a discussão sobre diversidade sexual ser a tônica do momento na casa, outra questão que vem gerando comentários é a divisão da turma em tribos. Separados entre belos, ligados, sarados, cabeças e coloridos - este grupo com três gays assumidos -, os participantes do programa já começam a entrar em conflito, independente da visão particular sobre orientação sexual e homofobia.

Para o jornalista André Fisher, a divisão dos participantes em tribos provoca interpretação dúbia. "Minha primeira impressão foi ruim; é começar discriminando. Da mesma forma, achei tolo colocar sarados juntos. Porém, no decorrer da semana, teve uma coisa bacana, a aproximação dos gays com a lésbica pode passar a imagem de união dos homossexuais", diz Fisher. "Mas essa segunda leitura é em função dos resultados", afirma ele, referindo-se à conquista da liderança por parte de Sérgio, gay assumido. O jornalista teme interpretações precipitadas sobre a questão. "Mas ainda é cedo, o programa está no início". Por outro lado, demonstra satisfação com a discussão constante sobre diversidade que o reality show tem levantado. "Acabou virando tema deste "BBB", ao menos por enquanto. Parece que foi algo planejado pela Globo, estão torcendo para rolar casinho".

Mas trazer a diversidade para a TV com tamanha exposição pode ter efeito contrário e gerar homofobia? Fisher não crê que isso seja possível. "Até agora teve clima de simpatia e humor. Acho difícil rolar homofobia lá dentro. Ainda que possa existir algum homofóbico, a pessoa vai se enrustir".

Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia, ainda não sacramenta opinião final sobre a separação em grupos no "BBB". "Lutamos pelo respeito, não queremos privilégios, nem aceitamos ser vítimas de exclusão. A existência de guetos gays só é aceitável se ajudar no maior respeito e aceitação", reflete. "Se a reunião dos coloridos apenas contribui de forma negativa, sou terminantemente contra".

Justiça mira atenção na edição
Tudo que se passa nas dependências da casa do reality show está sendo alvo de atenção por parte do Ministério da Justiça. O motivo: possíveis atos homofóbicos, já que a edição conta com vários gays.

O Departamento de Classificação Indicativa de Programas emitiu parecer demonstrando preocupação na forma como os gays serão retratados. O órgão teme que haja retrato pejorativo dos homossexuais.

Tal preocupação não chega em vão. Logo na primeira festa desta edição, ao tocar o hit gay "I’ll Survive", de Glória Gaynor, o participante Marcelo Dourado afirmou: "Está tocando o hino deles. Melhor não ficar perto, se não complica".

fonte:Otempo

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