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10 de agosto de 2009

Delegada alerta sobre vídeos sensuais de namoro na web

Mesmo depois da determinação judicial, nem sempre o dano é completamente reparado

Quem fantasia se tornar protagonista de um ensaio sensual ou um filme, digamos, mais íntimo, deve ter cuidado redobrado nos dias de hoje. Com a facilidade de captação e proliferação de imagens da era digital, cresce o número de registros em delegacias de vítimas de ex-companheiros e de ex-companheiras que tornaram pública a intimidade do casal.

“Isso aumentou cerca de 50% nos últimos anos e tende a dobrar”, conta a delegada da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática do Rio, Helen Sardenberg. Segundo ela, a maioria dos registros é feito por mulheres que permitiram que as imagens fossem feitas.

“A mulher tem maior preocupação com a honra, enquanto o homem sai como garanhão. Eles usam o material como chantagem ou vingança. Mas também acontece de a mulher enviar o material para a atual do ex”, completa, e avisa: “hoje qualquer um carrega uma câmera. Essa era da digitalização exige novos hábitos para se ter proteção”.

Ex-marido se vingou em sites

Há quatro anos separada do ex-marido, uma educadora, de 32 anos, que não quis se identificar, não imaginava que teria que ter tal proteção com o pai de sua filha. Soube por um amigo que fotos íntimas do casal estavam em sites de fotos caseiras. “Foi uma situação superconstrangedora. Fiquei muito chocada, com medo de abrir as fotos e fui fazer uma busca. Havia site que tinha até comentário”, lembra.

O próximo passo foi anotar os endereços online e seguir para a delegacia. "Mandei e-mails para os sites e, na maior parte, eles retiraram as fotos”, contou ela, que ligou para o ex pedindo explicações. “Ele confessou e disse que fez num momento de raiva. Foi uma atitude nojenta, de falta de respeito, de limite, de tudo”, desabafa.

Sexo na rede

Cercada de câmeras no último Big Brother Brasil, Maíra Cardi teve que encarar a exposição além do confinamento quando deixou o programa e soube que um vídeo seu num momento de intimidade com o ex-marido foi parar na internet. “Nem sabia que o vídeo tinha sido gravado, achava que era montagem. Só chorava, o mundo inteiro me julgando, e eu era uma vítima”, lembra ela, que contratou advogados para tentar tirar o vídeo da rede.

Segundo ela, as imagens foram registradas por uma câmera de celular, sem seu consentimento. Pouco depois da gravação, o ex trocou de celular e lhe deu o aparelho antigo. “Eu fiquei com ele e perdi no aeroporto há algum tempo. Isso pode acontecer com qualquer um”, defende-se.

Pais devem monitorar acessos

Mesmo depois da determinação judicial, nem sempre o dano é completamente reparado. “Uma vez que essas imagens estão na internet, não há como se recuperar completamente. É como abrir um travesseiro de penas do alto de um prédio”, compara a delegada.

“Antes você tinha a foto em papel e o negativo, hoje uma mídia eletrônica transforma aquele conteúdo em milhões de acessos e a informação pode ser trocada por e-mail, msn, celular, sites de downloads”, alerta ela.

De acordo com Sardenberg, há casos em que quem descobre a “vingança” é o atual compnaheiro ou até o pai de quem aparece nas imagens. Ela sugere que pais não só abordem o assunto, como verifiqume os sites de relacionamentos dos filhos e determinem limites.

“Entre as regras do Orkut, está o uso para maiores de 18 anos, mas todo pai deixa seu filho ter um. É um ambiente extremamente perigoso, é preciso mostrar como usar e falar dos riscos”, diz ela.

fonte:G1

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