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4 de maio de 2009

Morre no Rio diretor e dramaturgo Augusto Boal

Ensaísta tinha 78 anos e sofria de leucemia.
Boal foi nomeado pela Unesco embaixador mundial do teatro.


Morreu na madrugada desta sábado (2) o diretor teatral, dramaturgo e ensaísta Augusto Boal. Segundo informações de parentes, ele estava internado no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Boal tinha 78 anos e sofria de leucemia.


Boal foi fundador do Teatro do Oprimido. Em março de 2009, Boal foi nomeado pela Unesco embaixador mundial do teatro.



Segundo informações do hospital, o diretor foi internado no dia 28 de abril, com quadro de infecção respiratória. O motivo de sua morte, de acordo com o hospital, foi insuficiência respiratória. Ele morreu por volta de 2h40 deste sábado.



Boal foi uma das grandes figuras do teatro contemporâneo. Formado em química, estudou dramaturgia em Columbia, Nova York.



Segundo o amigo do dramaturgo e também diretor teatral Aderbal Freire Filho, o corpo de Boal foi velado até 17h na capela do Hospital Samaritano. O corpo será cremado no domingo (3) no Cemitério do Caju.


Ainda de acordo com Aderbal, no dia do teatro Boal foi convidado a fazer um pronunciamento na sede da Unesco, como representante da classe teatral. O diretor já teria ido debilitado e voltou pior.



Um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, Augusto Boal nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de março de 1931. Ganhou notoriedade com seu Teatro do Oprimido, cuja proposta era transformar o espectador em elemento ativo do espetáculo. Segundo ele próprio, conceito que ensinava "as pessoas a se
inserirem na sociedade".



O poeta Ferreira Gullart destacou a importância do diretor: “Boal foi um dos criadores do teatro moderno brasileiro. Eu to falando do teatro moderno tendo como marco o Teatro de Arena. O Teatro de Arena inicia uma nova etapa do teatro brasileiro caracterizado pelo engajamento político, pela busca de expressar os anseios e o inconformismo do povo, do trabalhador e da juventude, sempre por uma perspectiva de engajamento de luta e transformação da sociedade. O Boal encarou isso e a vida inteira foi um batalhador nessa ação. Ele foi um diretor de teatro excelente. Lembro na inauguração do Grupo Opinião, ele foi chamado por nós pra dirigir o show Opinião. O show se tornou um exemplo de um novo teatro musical. Era um companheiro, um amigo muito legal e uma figura humana admirável.”

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