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20 de junho de 2011

Diabo, satanás, lúcifer, serpente e dragão não são demônios

Nem espíritos são, mas apenas símbolos do mal

A divisão do cristianismo em milhares de igrejas deve-se à instituição de doutrinas polêmicas dogmáticas pelos teólogos. A sua primeira grande divisão ocorreu em 1054, quando o arcebispo de Constantinopla Cerulário fundou a Igreja Católica Ortodoxa Oriental.

E, em fins do século XVI, foi a vez da Reforma Protestante de Lutero, que rachou de vez o cristianismo, mas contribuiu muito para com o enfraquecimento da Inquisição. E, com o surgimento do protestantismo, a Igreja realizou o Concílio Ecumênico de Trento (1545 a 1563), que corrigiu alguns de seus erros.

Na segunda metade do século XIX, Kardec, "o bom senso encarnado", tornou-se o mais importante reformador do cristianismo, pois ele ensinou, de acordo com a orientação de espíritos santos, o estudo racional da Bíblia, sem os erros e abusos das interpretações literais e metafóricas, pelo que o espiritismo é considerado o Consolador prometido por Jesus.

E, hoje, a Igreja tem também as suas divisões: os fundamentalistas adeptos da TFP e os carismáticos. Geralmente, essas duas correntes travam as ideias inovadoras da Igreja. Por isso são frequentes os seus conflitos com os padres e até com bispos. E, hoje, os carismáticos estão descobrindo a mediunidade, pois é inevitável que haja entre eles médiuns especiais, ou seja, os que imantam (incorporam) espíritos. E muitos deles estão procurando as casas espíritas para se esclarecerem sobre os fenômenos mediúnicos (espirituais no dizer de são Paulo) que ocorrem com eles em suas reuniões, pois o dom da mediunidade não escolhe religiões. Nas palestras que faço pelo Brasil afora, tenho observado essa frequência de carismáticos nas casas espíritas. E carismático ("carismata", em grego) significa também médium.

Os espíritos manifestantes, como nos mostram Paulo (1 Coríntios, capítulos 12, 13 e 14; e 1 João, 4:1), a Vulgata Latina e o espiritismo, podem já ser santos (evoluídos) ou ainda maus (atrasados), mas todos são humanos e não de outra categoria de espíritos. Diabo, satanás, dragão etc não são espíritos, mas símbolos, e menos ainda Deus, que uns chamam de Espírito Santo. Não sigamos os erros dos teólogos do passado. Recomendo, pois, aos estudiosos da Bíblia o exame dos seus textos livres dos dogmas, os originais gregos do Novo Testamento e a Vulgata Latina, para se certificarem dessas verdades e as poderem difundir, colaborando, assim, para com a correção de um dos grandes erros do cristianismo, que, inclusive, incrementa o crescimento do materialismo. A maioria dos autores de livros a respeito do Apocalipse afirma que, quando João o escreveu (em 95), o povo acreditava que Nero havia voltado à vida em Domiciano. Mas não se trata da reencarnação do espírito de Nero em Domiciano, pois esses dois imperadores romanos eram contemporâneos. O que aconteceu é que o espírito de Nero obsediava Domiciano (o encosto popular). Nero, a primeira besta, morreu, mas voltou à vida em Domiciano (Apocalipse 13: 3 e 14).

E atentemos para o fato de que é do próprio são João esse princípio espírita de obsessão ou possessão de Domiciano pelo espírito humano (demônio) de Nero, e não pelo diabo, satanás, lúcifer, a serpente ou o dragão, que, como vimos, nem espíritos eles são, mas apenas símbolos do mal!

Escrito por: José Reis Chaves




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