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27 de janeiro de 2010

Independência da esposa colabora com o casamento

Desde quando a feminista Betty Friedan instigou as mulheres a deixar a casa e buscar uma carreira, as pessoas discutem se os casamentos e as perspectivas românticas das mulheres sofreriam com isso. Será que uma mulher bem-sucedida financeiramente apresentaria uma ameaça ou um alívio para seu marido?

Na semana passada, um relatório do Centro Pew de Pesquisa sobre a "revolução das esposas" reacendeu esse velho debate. Baseado em um estudo sobre os dados do censo, Richard Fry e D’Vera Cohn, autores da pesquisa, descobriram que em aproximadamente um terço dos casamentos, a mulher tem mais estudo do que seu marido e, apesar disso, os índices de divórcio caíram nos Estados Unidos. A esposa agora é a responsável principal pela renda familiar em 22% dos casais - em 1970, isso acontecia em apenas 7% dos lares.

A mudança dos papéis econômicos de maridos e mulheres - os homens assumindo mais trabalho doméstico e as mulheres com um salário maior - levou um bom tempo para ser aceita pela sociedade. Entretanto, ela vem tendo um efeito surpresa sobre a estabilidade conjugal. Isso tem contribuído para reduzir os índices de divórcio.

"As mulheres não precisam se casar para conseguir estudos ou dinheiro, então, é mais provável que escolham homens que apoiam um relacionamento mais igualitário", disse Stephanie Coontz, diretora de pesquisa e educação do Conselho sobre Famílias Contemporâneas.

Inversão de papéis. A mudança dos papéis no casamento geralmente não é algo planejado pelos casais, mas uma reação a pressões financeiras inesperadas. É o que aconteceu com Cynthia e Brian Walder, que tiveram quatro filhos em cinco anos. Embora a primeira e segunda gestações tenham sido planejadas cuidadosamente, a gravidez surpresa de gêmeos significou custos com creche proibitivos se os dois continuassem em seus empregos. "Alguém tinha que largar o trabalho e ficar em casa", comenta Cynthia Walder, 34.

Seu trabalho em uma empresa de marketing dava benefícios de saúde à família. Então, Brian, 36, que era corretor de imóveis e consultor, ficou em casa. "Foi uma decisão difícil", disse ele. "Se você me perguntasse há cinco anos se eu faria isso, eu diria: ‘de jeito nenhum’".

Aceitação. Apesar de muitos acreditarem que a independência financeira da mulher aumenta o risco do divórcio, os números nos EUA mostram o contrário. Os divórcios diminuíram com o aumento dos ganhos financeiros da mulher. No final dos anos 1970, eram 23 divórcios por mil casais. Hoje, são 17 em cada mil. As estatísticas mostram que quanto mais independência financeira a mulher tem, maior a probabilidade de permanecer casada, segundo um relatório de 2009 do Centro para o Progresso Norte-Americano. Sociólogos e economistas dizem que mulheres financeiramente independentes podem ser mais seletivas com quem elas se casam. Elas também têm mais poder de negociação dentro do casamento, o que gera maior satisfação com o parceiro.



fonte:Otempo

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