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27 de julho de 2011

Aventura e luxo na medida

Com uma fórmula acertada, Audi Q3 chegará para brigar no Brasil com o BMW X1 e com o Land Rover Evoque

Zurique, Suíça. O mercado de SUV de luxo está em completa efervescência. Depois do sucesso do X1, que é o líder da categoria no mundo, a Land Rover apresenta, no próximo mês, o Range Rover Evoque para disputar o mesmo público da BMW. E, até o fim do ano, o consumidor terá mais uma opção: o Q3 da Audi.

A marca de Ingolstadt vai entrar em um segmento até então inédito no seu portfólio: o de SUV premium compacto. Se o Q7 não é lá um campeão de vendas, o Q5 parece ter projetado a marca das quatro argolas de vez para o segmento de utilitários-esportivos. A produção mundial não dá conta da demanda e, só para se ter uma ideia, no Brasil, a espera para conseguir um carro desse pode chegar a dois meses. Com base nesse resultado, a Audi decidiu investir também em um SUV ainda menor para atender a uma parcela da população bem específica.

Segundo os executivos da marca, o público do Q3 está dividido em três grupos: o primeiro é formado por jovens solteiros na faixa dos 30 a 39 anos e que vivem sozinhos. O segundo grupo compreende a faixa que vai de 30 a 49 anos, casados e com filhos pequenos. E o terceiro grupo pessoas com mais de 50 anos, com filhos já criados e que saíram de casa, e, agora, podem voltar a curtir um pouco a vida. Com públicos tão diferentes a Audi misturou tudo isso e fez um carro que pudesse agradar a todos.

Projeto. A ideia do Q3 não é nova. Ele já estava projetado desde 2007, quando a Audi apresentou ao mundo o conceito Cross Coupé. Quatro anos depois, ele se materializou na fábrica de Martorell, em Barcelona, na Espanha. Para o projeto, a Audi investiu cerca de 250 milhões de euros, quase R$ 600 milhões. O MMI, que gerencia todo sistema eletrônico de entretenimento da Audi, tem tela de sete polegadas, colorida e de alta definição, com navegador por satélite em 3D. Com o MMI, é possível ajustar o som da marca Bose com 465 watts de potência com amplificador e 14 alto-falantes.

Além do rádio, é possível ouvir CD - a "disqueteira" tem capacidade para seis discos - ou mesmo DVDs, além de sintonizar a TV analógica ou digital. O motorista conta ainda com ligação para MP3 ou entrada de cartão de memória SD. Os mimos tecnológicos contam ainda com 20 Gb de memória interna para armazenar música.O MMI permite ainda que o motorista coloque o cartão SIM da sua operadora de telefonia e, a partir daí, o carro passa a funcionar como se fosse a extensão do celular.

Internet.Na tela, aparece a agenda, os últimos números discados e diversas outras funções do aparelho, muitas delas acionadas pelo comando de voz, sem que o motorista tenha sequer que tirar as suas mãos do volante.

Além disso, a antena do carro passa a funcionar como rede de dados sem fio e até oito equipamentos no carro como computadores, smartphones e tablets podem acessar a internet. Pelo dispositivo ainda é possível acionar o Audi Drive Select. Nele, o motorista muda dinamicamente as características mecânicas do veículo. Basta girar um botão e é possível escolher entre quatro modos de direção: Comfort, Auto, Dynamic e Efficiency.


Quando o tamanho engana

ZURIQUE, Suíça. Internamente, o Audi Q3 traz uma série de funções herdadas de carros de segmentos superiores da marca alemã. Os bancos dianteiros têm regulagem elétrica de altura e de distância. O acabamento é de boa qualidade e o volante, de três raios, tem a parte inferior dividida em duas partes.

Externamente, o Q3 é um pouco menor que o Q5, que por sua vez é menor que o Q7. Mas quando se coloca os três carros lado a lado, percebe-se que ele não é tão menor assim que o seu irmão do meio. Ele tem 4,39 m de comprimento, 1,83 m de largura e apenas 1,59 metro de altura. Esse tamanho, me perdoe o trocadilho, dá um "Q" de esportividade ao SUV.

O resultado é um coeficiente aerodinâmico de 0,32 cx, o melhor da sua categoria. Pesando menos de1,5 t, o Q3 se mostra ágil nas ruas e estradas. Grande parte disso se deve aos materiais leves usados na fabricação dos carros da Audi, algo que a marca vem investindo nos últimos anos. Além de novos compostos no aço, o capô e a tampa do porta-malas são feitos em alumínio. Os dois motores (de 170 cv e o de 211 cv de potência) são fortes a ágeis.

Segundo a marca, o mais forte pode puxar até 2 t de reboque. Esses motores fazem parte da nova estratégia da marca de "downsizing", ou seja, fazer motores menores com maior potência. Os dois são 2.0 turbo e injeção direta de combustível. O sucesso desse motor é tão grande, que já ganhou cinco vezes o prêmio de melhor do mundo.

Estratégia. O presidente da Audi Brasil, Paulo Sergio Kakinoff, garante que a política da montadora é de só trazer carros completos para o Brasil. A estratégia da marca é não tirar equipamentos de ponta dos veículos para baratear os preços e, por consequência, aumentar as vendas. Por esse pensamento, e pelo que vimos da Audi até aqui, o Q3 vai desembarcar no país no primeiro trimestre do ano que vem com os dois motores 2.0 TFSI com tração integral Quattro e câmbio S-Tronic de sete velocidades.

No Brasil, a Audi não informa, por enquanto, quanto o novo utilitário-esportivo custará. Mas fontes ligadas à montadora informam que a versão de entrada ficará próxima de R$ 140 mil. A expectativa da marca é fazer do Q3 o segundo carro mais vendido da marca ao lado do A4 e logo atrás do A1.


Jogo rápido

Produção. A produção do Audi Q3 começou no início de junho. O novo utilitário-esportivo da marca das quatro argolas é fabricado na planta da Seat, subsidiária da Volkswagen, em Martorell, cidade localizada na região da Catalunha, na Espanha.
Volume. Segundo a Audi, aproximadamente 100 mil unidades do modelo deverão ser produzidas por ano, destinadas ao mercado europeu e global.

Números
211 cavalos
é a potência do motor 2.0 turbo do Audi Q3.

230 km/h
é a velocidade máxima, limitada eletronicamente.

460 litros
é a capacidade do porta-malas do modelo.




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