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22 de abril de 2011

Beijo em excesso aumenta o risco de doenças

Apesar de o hábito do beijo na boca ser encarado por muitas pessoas como algo inofensivo, a boca é uma porta de contágio para infecções e doenças, que incluem desde a transmissão de bactérias envolvidas na cárie às transmitidas por vírus dentre eles, os do herpes, do papilomavírus humano (HPV) e o principal: a mononucleose infecciosa, popularmente chamada de "doença do beijo", já que sua transmissão acontece principalmente pela saliva, a partir de um contato mais íntimo.
O risco aumenta na proporção em que existe a troca frequente de parceiros no beijo, atitude hoje comum entre as pessoas de todas as idades, embora assumida pelas mais jovens, que optam por relacionar-se ou "ficar" com vários parceiros.
Com eles, a preocupação aumenta na medida em que se tornou habitual à valorização daqueles que consegue somar o maior número de beijos com parceiros distintos em uma única festa ou balada.
A preocupação aumenta pela desinformação dos jovens, agravada pelo sucesso de hits que incentivam a "beijar na boca e ser feliz", cantado por Claudia Leitte, e "comigo é na base do beijo", de Ivete Sangalo, ou a disputar na contagem a troca de beijos, como sugerido pela cantora Gil ("já beijei um, já beijei dois, já beijei três; hoje eu já beijei vou beijar mais uma vez").
Hoje, 13 de abril, Dia do Beijo, é uma data para lembrar os perigos dos beijos trocados indiscriminadamente e o risco de contágios, inclusive de doenças que muita gente acredita ser transmitidas somente pelo sexo.
Contágio
"A cavidade oral é considerada, por muitos autores, como reservatório e fonte de infecção de vírus e bactérias", explica o especialista da área de estomatologia, Paulo de Camargo Moraes.
No caso da mononucleose infecciosa - causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), o infectologista Alceu Pacheco Júnior explica que, mais de 90% da população adulta tem anticorpos que combatem o vírus.
Assim, se o sistema imunológico estiver em perfeitas condições, a doença não se desenvolve. A "doença do beijo" tem maior prevalência entre jovens com idade entre 15 e 25 anos, de ambos os sexos e é transmitida basicamente pelo beijo e que outras formas de contágio, apesar de raras, são a transfusão de sangue e o contato sexual.
O infectologista diz que as pessoas devem ficar atentas, pois os sintomas da doença são muito parecidos com os de outras infecções virais e podem surgir até 45 dias após o contato com a saliva infectada.
"Em algumas pessoas a doença pode não apresentar nenhum sintoma, em outras, pode ocorrer febre alta, dor para engolir, tosse, dores articulares, ínguas e aumento do fígado e do baço", reconhece.
Mononucleose
Contraída por meio do contato oral e transmitida pela saliva, a "doença do beijo" nem sempre é diagnosticada porque os seus sintomas são muito semelhantes aos de uma forte gripe: febre persistente de 2 a 14 dias, tosse, cansaço, falta de apetite, calafrios, desconforto abdominal e vômitos. Só que, ao contrário da gripe, causa lesões, como as provocadas pelo herpes.
Como o quadro da mononucleose tem regressão espontânea e não deixa sequelas, a doença pode passar despercebida para a maioria das pessoas. Além disso, a confirmação do diagnóstico de "doença do beijo" é possível apenas por meio de exames laboratoriais.
"Em geral, quem desenvolve mononucleose não se recorda de ter tido contato com alguém doente e a própria pessoa que transmitiu o vírus sequer imagina que ainda possa continuar contaminando outros parceiros", informa o cirurgião-dentista Paulo Moraes.
Não existem medicamentos específicos para se combater a doença. O médico auxilia no alívio dos sintomas receitando antitérmicos, analgésicos e antiinflamatórios e procura evitar complicações até que o paciente se cure.
A prevenção também é difícil, pois as vacinas para combater a doença ainda estão em desenvolvimento. Assim, a forma mais eficiente de prevenção dessas doenças é evitar a multiplicidade de parceiros e restringir o beijo na boca a um só parceiro.

Os riscos do "rodízio"

Herpes - A principal característica são as feridinhas ao redor dos lábios. Não tem cura. O vírus fica no organismo de todos que tiverem contato, mas nem todos desenvolvem os sintomas.
Sífilis - Causada por bactéria, é considerada uma doença sexualmente transmissível. Contudo, em sua fase secundária, ela é altamente contagiosa.
Cárie - A bactéria Streptococcus mutans pode passar de boca em boca, pode encontrar um ambiente propício e prejudicar a "saúde" dos dentes.
Viroses - Gripes, resfriados e até mesmo algumas infecções intestinais também podem ser passados pela saliva.

Compatibilidades

O beijo permite qualificar a compatibilidade de um parceiro. Quando se está face a face com o parceiro, trocam-se olhares e odores, e desta forma, transmite-se ferormônio, substâncias químicas que, permitem o reconhecimento mútuo e sexual dos indivíduos.
Ou seja, o beijo permite identificar a afinidade biológica, entre os parceiros. "No nível do inconsciente, beijo bom é aquele biologicamente compatível para gerar descendentes saudáveis e preservar a espécie", revela a psicóloga Eliete Matielo, especialista em relacionamentos afetivos.
 Beijo compatível - Se você tem vontade e gosta de beijar determinada pessoa é porque ela tem características e substâncias biológicas e orgânicas que sintonizam com as suas. Isso explica porque, às vezes, não gostamos do beijo e/ou do cheiro de uma determinada pessoa que, aparentemente, é atraente.
 Beijo racional - É aquele beijo que está ligado com a escolha mental da pessoa. Geralmente, acontece quando não há vontade instintiva em beijar, e sim, interesse em beijar.

fonte:Paranaonline

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