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22 de abril de 2011

22 de Abril: Dia do Planeta Terra

O Dia Internacional do Planeta Terra é comemorado dia 22 de abril desde 1970. Esta data foi criada pelo Senador norte-americano Gaylord Nelson que convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição.

A Terra é cem vezes menor que o Sol. Apresenta 510,3 milhões de km2 de área total, sendo que aproximadamente 97% é composto por água (1,59 bilhões de km3). A quantidade de água salgada é 30 vezes a de água doce e 50% da água doce do planeta está situada no subsolo.

Salvar o Planeta Terra?

Colocar a mão na massa é começar com passos simples. Deixe de lado a mania de grandeza. Cuidado para não embarcar na “maquiagem verde” (Greenwashing) que muitas empresas estão fazendo para ganhar pontos e vendas. Aprenda a se informar para separar o joio do trigo e não cair nas “eco-ondas fakes”. Atenção ao repassar emails falsos só porque pega bem e assim você se sente melhor. Esqueça o ato heróico de salvar o planeta, que tantas campanhas nos levam a crer. Na verdade, somos pequenos demais para pensar com tanta arrogância. A Terra é muito maior do que nossa pequenez. Ela acolhe incondicionalmente todas as formas de vida, mesmo que você não esteja nem aí com ela. Sua grandeza pode ser percebida despertando o olhar atento: rios que correm, verde exuberante, azul celeste, oceanos profundos, milhares de árvores de todas as espécies, flores, aromas, animais e sons de todas as formas. Não podemos pensar em salvar a terra. É ela que pode nos salvar da ganância e da arrogância, se aprendermos a nos conectar com sua beleza e generosidade, e humildemente ler os seus ensinamentos. Comece simples. Comece dentro de você! E floresça novas atitudes!

Deborah Dubner
Nosso Pequeno Planeta

Diz o nosso amigo Pequeno Príncipe que quando o mistério é muito impressionante a gente não ousa desobedecer. Eu fico aqui pensando que vivo em um planeta azul chamado terra, redondo como uma bola, com chão firme e céu estrelado, e com 71% de água. É mesmo tão misterioso que até dói o pensamento. Com tanta água, falta água. Com tanta terra, falta terra. Com tanta estrela, tem lugar que nem aparece, quando elas se escondem atrás das nuvens de fumaça ou dos arranha-céus das grandes metrópoles. E com tanto azul, tem gente que mora no cinza.

No Dia do Planeta Terra, parece que a gente precisa fazer alguma coisa e ficamos assim, meio sem jeito de saber por onde começar. Sim, eu sei que não é apenas no Dia. Afinal, nada muda em apenas um dia. Mas sei lá, é como no aniversário, parece que você acorda diferente, que todos estão sorrindo e abençoando o seu nascimento. Então, eu também queria abençoar o nascimento desse pequeno grande planeta que me acolheu, recebendo a minha vida e das pessoas que eu amo. Um planeta que tem 30 vezes mais água salgada do que doce, mas é de uma doçura imensa ao ofertar tantas belezas naturais para quem quiser enxergar. Um planeta que acolhe 6 bilhões de pessoas com generosidade, apesar da falta de espaço, da falta de tempo, da falta de cuidado, da falta de respeito, da falta de consciência, da falta de abraço...

Aí fiquei pensando... O que eu já faço e o que preciso evoluir? Por onde começo, eu tão insignificante nessa imensidão? Gosto da expressão “mãe terra”, muito utilizada pelos índios, que traz a exata noção que preciso para dar o meu primeiro passo: tratá-la como se trata uma mãe. Com zelo, respeito, beleza e amor, nunca com pouco caso ou descrédito.

Curioso é que 22 de abril é também o Dia do Descobrimento do nosso querido Brasil tropical, cheio de mata, rios, calor humano e praias bonitas. Espero que os meus filhos, netos, bisnetos e as próximas 7 gerações possam usufruir dessa paisagem no futuro. Sei que meus pais puderam, por exemplo, aproveitar um rio Tietê que hoje não existe mais. Mas ainda há tempo, se tudo mudar. Será?

Bom, volto a atenção para os meus primeiros passos. Mãe Terra, nosso lar. Sim, posso começar pelo meu lar. Minhas ações, por menor que sejam, podem ser de extrema valia para a nossa Mãe Terra.

- Posso cuidar da água que utilizo, sem excessos ou desperdícios.
- Posso ensinar meus filhos a ter respeito por todas as formas de vida, sem desprezar o que não conhecem ou o que não concordam.
- Posso aprender a aceitar a diversidade, acolhendo as diferenças com abertura suficiente para crescer com elas.
- Posso buscar harmonia dentro da minha casa, na minha rua, na minha empresa e em todos os espaços coletivos que freqüento.Afinal, a guerra começa no exato instante em que eu acho que a minha opinião é a única verdadeira e fecho o meu coração para a verdade do outro, seja ela qual for.
- Posso tratar bem e respeitar os animais.
- Posso reciclar o lixo da minha casa e ensinar as pessoas dos meus arredores a fazer isso, motivando-as a cuidar também da nossa Mãe Terra.
- Posso informar, instigar e ajudar a refletir, através das coisas que escrevo e crio.
- Posso buscar formas de poluir menos o ar que respiro.
- Posso me informar sobre quais empresas estão efetivamente comprometidas com a preservação do nosso planeta e me esforçar para consumir os produtos dessas empresas – e não de outras preocupadas apenas com a ganância e com o poder.
- Posso continuar acreditando que o amor é maior do que o ódio, e influenciar outras pessoas a acreditar nisso também. Porque se as pessoas acreditarem mais no amor, o mundo terá mais amor.
- Posso andar a minha palavra, agindo com integridade e verdade.
- Posso cuidar para nunca parar de sonhar
- Posso me manter firme nos meus ideais, mesmo quando tantas pessoas insistem em dizer que não vai funcionar. Infelizmente, ainda há mais gente com medo de mudar do que pessoas com coragem para mudar. Mas eu não preciso desistir por causa disso.
- Posso cuidar da minha saúde, comendo melhor, respirando melhor, sorrindo melhor. Por mais egoísta que isso possa parecer, acredito que a alegria também ajuda o planeta.
- Posso usar papel reciclado e produtos de madeira extraída de reflorestamento
- Posso consumir mais produtos orgânicos e menos produtos com agrotóxicos
- Posso não jogar na pia o óleo de cozinha que utilizo em minha casa. Há muitas ongs cuidando disso atualmente.
- Posso ensinar meus filhos, através de minhas ações, a não desperdiçar recursos, dinheiro, comida, água ou qualquer coisa finita que possa fazer falta um dia.
- Posso seguir um caminho de espiritualidade que ajude a aproximar todos os seres humanos, para que a violência não extrapole os limites do humanamente suportável.
- Posso sorrir para as pessoas, mesmo para aquelas que não conheço.

No nosso Pequeno Planeta, quantas coisas podemos fazer! O grande mistério reside mesmo na pergunta: Se posso, porque não faço?

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