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9 de março de 2011

Segredo para uma boa saúde: relaxe e se aceite você como é

Pessoa que se vê de forma gentil tende a ser mais feliz e ter menos depressão e ansiedade

NOVA YORK, EUA. Você trata a si próprio tão bem quanto você trata seus amigos e familiares?

Essa pergunta simples é a base de uma nova área da pesquisa psicológica chamada de autocompaixão - a forma gentil como as pessoas veem a si próprias. Curiosamente, as pessoas que acham fácil apoiar e entender os outros geralmente têm pontuações mais baixas em testes de autocompaixão, criticando-se por fracassos como estar acima do peso ou não fazer exercícios físicos.

A pesquisa sugere que dar um tempo nas críticas a nós mesmos e aceitar nossas imperfeições pode ser o primeiro passo rumo a uma saúde melhor. As pessoas que obtêm pontuações altas em testes de autocompaixão têm menos depressão e ansiedade, e tendem a ser mais felizes e otimistas. Dados preliminares sugerem que a autocompaixão pode até influenciar o quanto comemos e pode ajudar algumas pessoas a perderem peso.

Essa ideia contrasta com o conselho dado por muitos médicos e livros de autoajuda, que sugerem que força de vontade e autodisciplina são as chaves para uma saúde melhor. Mas Kristin Neff, pioneira nesse campo, diz que a autocompaixão não deve ser confundida com autoindulgência ou padrões pessoais mais baixos.

"Descobri na minha pesquisa que o maior motivo pelo qual as pessoas não têm mais autocompaixão é que elas têm medo de se tornarem autoindulgentes", disse Kristin, que é professora de desenvolvimento humano na Universidade do Texas. "Elas acreditam que é autocrítica que as mantém na linha. A maioria das pessoas entende errado porque nossa cultura diz que o necessário é se cobrar o tempo inteiro".

Imagine a sua reação com uma criança com dificuldade na escola ou comendo muita comida não saudável. Muitos pais ofereceriam apoio, conversando ou se esforçando para encontrar alimentos saudáveis que a criança goste. Entretanto, quando os adultos se encontram em uma situação semelhante - com dificuldades no trabalho ou comendo de mais e ganhando peso - muitos caem em um círculo de autocrítica e negatividade. Isso os deixa se sentindo menos motivados a mudar.

"A autocompaixão realmente conduz à motivação", disse Kristin. "O motivo pelo qual você não deixa seus filhos tomarem cinco sorvetes grandes de uma vez é porque você se preocupa com eles. Com a autocompaixão, se você se preocupa com você mesmo, você faz o que é saudável para você, em vez de fazer o que é prejudicial".

Avaliação. Kristin, cujo livro "Self-Compassion: Stop Beating Yourself Up and Leave Insecurity Behind" (Autocompaixão: Pare de se Maltratar e Deixe a Insegurança para Trás) será publicado em abril nos Estados Unidos, desenvolveu uma escala de autocompaixão: 26 afirmações para determinar o quanto as pessoas são gentis consigo mesmas, e se elas reconhecem que altos e baixos simplesmente fazem parte da vida.

Uma pessoa que afirma desaprovar e ser crítica com as próprias falhas e imperfeições, por exemplo, não tem autocompaixão. Um homem ou mulher que reconhece seus problemas tem autocompaixão. "Quando me sinto imperfeito de alguma forma, tento me lembrar de que sentimentos de imperfeição são compartilhados pela maioria das pessoas", exemplifica Kristin.



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