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15 de março de 2011

A cada ciclo de sete anos, nós vivemos um estágio diferente

Processo biográfico utiliza imagens arquetípicas para o autoconhecimento

Conhecer a natureza humana e o universo. Essa é a essência da antroposofia, filosofia introduzida no início do século XX pelo austríaco Rudolf Steiner e que em grego significa "conhecimento do ser humano". A partir dessa visão, surgiu o trabalho biográfico que tem como fundamento as imagens arquetípicas do ser humano.

Por meio dessa ciência, o indivíduo tem a possibilidade de compreender o que acontece com seu desenvolvimento a cada sete anos, a partir da relação desses períodos com as mudanças físicas (biológicas), anímicas (psíquicas) e espirituais.

"O trabalho biográfico é um processo em que cada um usa como matéria-prima a própria história, que passa a ser compreendida à luz das leis universais que regem o desenvolvimento humano nas mais diversas esferas: família, relacionamentos, saúde e situações profissão e econômica. Existem leis básicas que são regidas por períodos de sete em sete anos, chamados setênios", explica Luciana Pinheiro, aconselhadora biográfica e artista plástica.

Segundo ela, conhecer os setênios leva ao autodesenvolvimento. "Utilizamos a história de vida como fonte de pesquisa que vai do momento do nascimento até a idade atual. A pessoa faz uma revisão serena da própria vida, sob orientação especializada, criando a possibilidade de identificar as qualidades que melhor expressam o seu ser", detalha Luciana.

Crescimento. Dessa forma, as pessoas recuperam a capacidade de atuar em direção ao que querem ser, enxergando suas qualidades e limitações sob outro prisma e entendendo tudo como uma oportunidade para crescer e dar um salto de qualidade na vida. "É um instrumento que permite uma profunda reflexão e oportunidades para a autoeducação e a realização de vida", pondera Luciana.

O processo biográfico contempla a existência humana a cada sete anos. Os três primeiros setênios, de zero a 21 anos de idade, são denominados setênios do corpo. É um período em que o ser humano enfrenta a jornada do amadurecimento físico e a formação da personalidade.


Os três períodos seguintes, dos 21 aos 42 anos, são denominados setênios da alma. Nesse período, o ser humano já passou por todas as experiências básicas da vida, fazendo opções relacionadas a vida conjugal, trabalho e família. "A partir dos 42 anos, estamos prontos para iniciar a vida com maturidade, profundidade e espiritualidade", diz Luciana.

Há mais de sete anos, a terapeuta alia arte e biografia em seus cursos, com uma abordagem direcionada àqueles que desejam trazer ao consciente aspectos relacionados à sua história de vida. "A arte é uma ferramenta poderosa para libertar imagens e resgatar os fatos da vida. Pode-se encontrar a luz onde nossa crença via somente escuridão", acredita.

Para Luciana, outra importante característica curativa no processo biográfico é a partilha em grupo. "Daí surgem elementos comuns sob diferentes focos, fortalecendo a confiança e o respeito, sem julgamento da estória do outro", justifica.

Informações sobre o processo biográfico com Luciana Pinheiro: (31) 9943-1199.



Luz própria começa a brilhar após os 63 anos


Segundo o chamado processo biográfico proposto pela antroposofia, após os 63 anos de idade, o ser humano está livre das leis que regiam os setênios anteriores.

"Para muitos, essa fase pode significar a morte, mas, para outros, pode ser o começo de uma etapa bastante produtiva", ensina a médica antroposófica Gudrun Burkhard, fundadora do processo biográfico no mundo.

Para ela, "à medida que as forças físicas vão diminuindo, a luz interna pode crescer". "É a fase da sabedoria. Nesse ponto, a luz externa da criança se interiorizou totalmente e o idoso começa a luzir de dentro, cumprindo a sua evolução de ser humano na nossa terra e levando essa luz metamorfoseada para além da morte", diz a médica. Assim, o ser maduro tem consciência do que acontece com a alma e o espírito, acredita Burkhard.


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