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9 de fevereiro de 2011

Energéticos podem provocar efeito negativo a longo prazo

Recentemente, altos níveis de cafeína provocaram quatro mortes nos EUA

Algumas mortes recentes nos Estados Unidos ligadas à mistura de álcool e cafeína levantaram questionamentos sobre os problemas relacionados aos energéticos. Grande número de cientistas está preocupado com as bebidas altamente cafeinadas, como Red Bull, Rockstar, Monster e Full Throttle, que são populares entre jovens e adolescentes.

A combinação geralmente bizarra de ingredientes nesses produtos levou três pesquisadores da Universidade do Texas, nos EUA, e da Universidade de Queensland, na Austrália, a estudarem os conteúdos dessas bebidas, que são vendidas ao lado de refrigerantes, sucos e hidrotônicos em supermercados, farmácias e bares de beira de estrada. Os pesquisadores revisaram vários estudos científicos em inglês e publicaram uma análise na edição de novembro da revista "Procedimentos da Mayo Clinic". No artigo, os autores questionam tanto a eficiência de estímulo quando a segurança das bebidas energéticas.

Efeitos futuros. Os pesquisadores destacaram que os energéticos contêm níveis altos de cafeína e advertiram que eles podem provocar efeitos perigosos e até mortais sobre pressão sanguínea, ritmo cardíaco e função cerebral de pessoas sensíveis aos seus ingredientes. Os autores afirmam que "quatro casos documentados de morte associada a cafeína foram relatados, assim como cinco convulsões ligadas ao consumo de bebidas energéticas" recentemente. Outros relatos incluem um homem relativamente saudável, de 28 anos, que sofreu um ataque cardíaco um dia após uma corrida de motocross; um homem saudável, de 18 anos, que morreu jogando basquete após beber duas latas de Red Bull; e quatro manifestações de mania sofridas por indivíduos que tinham transtorno bipolar.

O artigo alerta que, como muitos "jovens e adolescentes, atletas e não atletas, estão consumindo bebidas energéticas em ritmo alarmante, é preciso determinar se o uso dessas bebidas a longo prazo por essa população significará efeitos prejudiciais no futuro".

De acordo com Troy Tuttle, fisiologista do exercício na Universidade de Houston, os estudos anteriores foram deficitários. "Quase todos os estudos feitos sobre energéticos envolviam amostragem pequena de indivíduos jovens e saudáveis, que provavelmente só sofreriam os efeitos da bebida em longo prazo", disse.

"E as doenças cardiovasculares e hepáticas? A resistência à insulina? O diabetes? Poderíamos especular sobre vários problemas possíveis para o futuro, mas nós, simplesmente, ainda não sabemos muita coisa sobre isso".

Álcool. Acrescentar bebida alcoólica ao consumo de energéticos pode ser uma receita para o desastre. Sob o estímulo das bebidas energéticas, as pessoas podem pensar que estão sóbrias quando não estão.

Em março de 2009, por exemplo, um jogador de futebol norte-americano matou um pedestre com seu
carro após beber várias doses de tequila e Red Bull. O atleta afirmou à polícia que não se sentia bêbado.


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