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3 de janeiro de 2011

O dogma da comunhão dos santos e a doutrina dos espíritos

Contato com os mortos é do tempo do homem das cavernas

O contato com os espíritos dos mortos é do tempo do homem das cavernas. Os fenômenos de casas assombradas são espíritas. E o verbo aparecer trata geralmente de aparições de espíritos dos mortos, inclusive do de Jesus.

E os fenômenos espíritas necessitam de médiuns (xamãs, pajés, canalizadores etc). Na Bíblia são os profetas, videntes e pitonisas (1 Samuel capítulo 28; e 1 Samuel 9:9). Moisés (não Deus) proíbe o contato com os espíritos dos mortos (Deuteronômio capítulo 18). Ora, se ele proibiu esse contato, é porque ele existe! E observemos que Moisés fala de espíritos dos mortos e não dos diabos!

O espiritismo sempre incomodou os líderes religiosos, pois, para que aconteça um fato espírita, tem que haver a presença dum médium especial, o que lhe traz muito prestígio. E como nem todo líder religioso é um médium especial, os médiuns passaram a ser vítimas de inveja por parte dos líderes religiosos. Por isso e outras coisas mais, surgiram os ataques caluniosos e odiosos contra os médiuns e sua doutrina. Santa Joana D'Arc é um exemplo disso. No Brasil, até a década de 1940, os espíritas eram presos. Os adversários do espiritismo chamavam-no de feitiçaria, magia, ocultismo e de seita reencarnacionista, como se a reencarnação fosse uma crença exclusiva do espiritismo, quando ela é universal e bíblica. E a maioria dos católicos de hoje crê nela. Mas, agora, inventaram que o espiritismo não é cristão! E eis alguns documentos papais contra o espiritismo: "Supermae", de Leão X, em 1514 e 1521; "Bula Céu e Terra", de Xisto V, em 1586; "Summis Desiderantes Affectibus", de Inocêncio VII, em 1484; "Bula Deus Onipotente", de Gregório XV; "Bula Incrustabilis", de Urbano VII, de 1631; e até 1950, no Brasil, a CNBB excomungava os espíritas. Hoje eu tenho dois amigos, um arcebispo da Igreja e outro pastor presbiteriano, que fazem palestras em casas espíritas! E os padres não atacam mais o espiritismo, exceto uma minoria de fundamentalistas.

As manifestações dos espíritos no princípio do cristianismo (1 Coríntios, capítulos 12, 13 e 14) passaram a ser atribuídas ao Espírito Santo trinitário instituído no Concílio de Constantinopla (381).

Na Bíblia, ele é o conjunto dos espíritos humanos. Paulo diz que nosso corpo é santuário dum Espírito Santo (1 Coríntios 6,19). Kardec tem o Espírito Santo como o conjunto dos espíritos bons. São Jerônimo, na Vulgata Latina, menciona espíritos bons (santos) e maus (atrasados).

Uma corrente de teólogos da ortodoxia católica da Igreja primitiva instituiu a doutrina da comunhão dos santos, ou seja, a da Igreja militante (da Terra); a padecente (do purgatório); e a triunfante (dos céus). Essa doutrina pneumática (espírita) prega a colaboração recíproca entre os espíritos desencarnados de lá e os encarnados de cá. Mas ela encontrou resistência de alguns teólogos judaizantes. Por isso, foi transformada em dogma pela Igreja. E, praticamente, na mesma época (século IV), a Igreja transformou também em dogmas as doutrinas, igualmente polêmicas, do Espírito Santo e da ressurreição da carne. E, então, no credo católico, passou-se a dizer em todas as missas, numa espécie de lavagem cerebral: "Creio no Espírito Santo, na comunhão dos santos, na ressurreição da carne (houve um avanço, pois hoje se diz dos mortos) e na vida eterna. Amém".

Mas pela Bíblia, a ressurreição é do espírito. E nós já estamos na vida eterna (sempiterna), que é do espírito imortal, e não do corpo mortal, que retorna ao seu pó para sempre!


Escrito por:José Reis Chaves

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