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13 de dezembro de 2010

Os profetas ainda existem e são os médiuns especiais de hoje

Dogmáticos afirmam que o tempo dos profetas terminou


Há dois cristianismos básicos: o bíblico e o dogmático. Por isso, as igrejas denominadas de cristãs são hoje cerca de 10 mil no mundo.


No cristianismo, há grupos religiosos exclusivistas que dão a entender que só eles estão certos e só eles gostam de Jesus. Isso nos lembra a conhecida frase do padre francês François Brune: "Como eu gostaria de que os católicos amassem a Jesus como O amam os espíritas!" Brune é o autor de "Linha Direta com o Além" e "Os Mortos nos Falam" (Edicel - uma editora espírita -, Brasília, DF), e é representante do Vaticano de Transcomunicação Instrumental (TCI), contato com os espíritos por meio de aparelhos eletrônicos. E a teologia dos cristãos fundamentalistas é politeísta, pois ela afirma que Jesus é também Deus, o que é contra o próprio ensino do excelso Mestre: "Por que me chamais bom? Bom é só um, Deus" (Marcos 10,18).


Os teólogos dogmáticos afirmam que o tempo dos profetas terminou quando acabaram de escrever a Bíblia. Mas será que ela está mesmo terminada? Seus autores demoraram quase 4.000 anos para escrevê-la. Ela é uma história do judaísmo e do cristianismo. E essa história ainda não acabou e é sempiterna. Daqui a alguns milhares de anos, nós teremos registros históricos de judeus e cristãos de hoje. Se nós somos seguidores da Bíblia, continuamos também, pois, de algum modo, fazendo parte da sua história. A geografia de ontem é a história de hoje, e a geografia de hoje é a história de amanhã. Assim, como seguidores da Bíblia, é como se fizéssemos parte, hoje, da sua geografia. E, no futuro, seremos, pois, mais uma parte da sua história. Os profetas de hoje são do cristianismo bíblico, e não do frágil dogmático que, porém, devemos respeitar.


Kardec ensinou que, com a palavra médium, ele designava uma pessoa equivalente a um profeta bíblico. Aliás, o profeta bíblico do tipo "Nabi" era aquele que, quando falava, escrevia e gesticulava, não era ele, mas um espírito que estava nele. Vejamos exemplos bíblicos sobre isso: Heldade e Medade recebiam espíritos e profetizavam (Números 11, 24 a 30). Os espíritos devem ser examinados se são de Deus (do bem) ou do mal, pois há muitos falsos profetas (1 João 4,1). O espírito de Elias repousa sobre Eliseu (2 Reis 2,15). Se o espírito profetizador ou o profeta (médium) forem falsos, suas profecias são também falsas.


Eis alguns exemplos bíblicos de que os profetas ainda existem: "Todos podereis profetizar, um após outro" (1 Coríntios 14,31). "Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas" - hoje médiuns (1Coríntios 14,32). "Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo" (1Coríntios 14,37). Espiritual é sinônimo de profeta, ou seja, envolvido com um espírito, pelo que tem dom espiritual. "Em parte conhecemos, e em parte profetizamos"(1Coríntios 13,9). Quando o espírito profetiza, o médium, em transe, pode não saber o que está sendo profetizado.


Com todo o respeito que devemos ter para com o Espírito Santo, as poucas instruções sobre profetas e profecias dadas por são Paulo e aqui analisadas nada têm a ver com a Terceira Pessoa do dogma da Santíssima Trindade, que não é citada por são Paulo nem uma só vez sequer! E profeta na Bíblia é vidente (1 Samuel 9,9), que, por sua vez, é hoje chamado de médium. "Procurai com zelo o dom de profetizar" (1 Coríntios 14,39).


Ainda existem profetas, e eles até têm o dever de profetizar!

Escrito por:José Reis Chaves

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