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1 de novembro de 2010

Terapia familiar é boa opção para se tratar

Abordagem em grupo previne novas hospitalizações, dizem psicólogos


NOVA YORK, EUA. Para a anorexia nervosa, vários psicólogos nos EUA estão promovendo uma espécie de terapia familiar. Diferentemente dos tratamentos tradicionais para anorexia nervosa em adolescentes, nos quais o paciente tem uma consulta apenas entre ele e o terapeuta, esse tipo de tratamento familiar incentiva os pais a terem um papel fundamental na restauração do peso do filho e na prevenção de novas hospitalizações.

O programa é exigente. Nas duas primeiras semanas de tratamento, pelo menos um dos pais deve estar disponível para supervisionar as refeições e os lanches, além de monitorar os filhos entre as refeições. O objetivo é ter certeza de que eles não queimem calorias demais com excesso de exercícios.

Agora, um novo estudo publicado por Daniel Le Grange, da Universidade de Chicago, relata que a abordagem familiar, chamada de método Maudsley (devido ao nome do hospital de Londres onde ele foi desenvolvido), é mais eficaz do que a terapia individual e continua funcionando mesmo depois que o tratamento acaba. O estudo, publicado neste mês em "Arquivos da Psiquiatria Geral", é apenas um dos vários ensaios clínicos que avaliam os tratamentos para anorexia nervosa em adolescentes. Os pesquisadores designaram aleatoriamente 121 pacientes entre 12 e 18 anos, na maioria meninas, a um ano de terapia familiar ou individual nas universidades de Chicago e Stanford - 24 horas no total.

Após 12 meses de tratamento, 49% dos que estavam na terapia familiar estavam em remissão total, mais que o dobro daqueles em terapia individual, que totalizaram 23%. E entre os pacientes que estavam em remissão no final do tratamento propriamente dito, apenas 10% das pessoas no grupo de terapia familiar tiveram uma recaída após um ano. Já no grupo de terapia individual, 40% voltou a ter anorexia.

No Brasil
Diagnóstico. Profissionais como clínico geral, pediatra e nutricionista estão aptos a identificar o problema nos jovens. Segundo o nutrólogo Henrique Oswaldo Gama Torres, do Núcleo de Investigação em Anorexia e Bulimia da Universidade Federal de Minas Gerais, o tratamento geralmente é feito com uma equipe multidisciplinar.
Sinais. Os pais devem suspeitar de distúrbios alimentares se o filho perder muito peso rapidamente e tiver alterações de comportamento.

fonte:otempo

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