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11 de novembro de 2010

Silvio Santos oferece SBT e Baú para salvar PanAmericano



Para salvar o banco PanAmericano, o empresário Silvio Santos deu como garantia para obter empréstimo de R$ 2,5 bilhões, junto ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), praticamente todo seu patrimônio empresarial. São 44 empresas subordinadas à holding SS Participações, dentre elas o SBT, sua participação no banco PanAmericano, a Jequiti, a Liderança Capitalização e o Baú da Felicidade. O valor contábil de todas as empresas é de R$ 2,7 bilhões.

O empréstimo foi feito para salvar o banco, após fraude que causou prejuízo de R$ 2,5 bilhões. Segundo o presidente do conselho do FGC, Gabriel Jorge Ferreira, o empresário Silvio Santos se dispôs a vender todas essas empresas se for preciso para saldar o empréstimo. "Nunca vi um empresário fazer isso. Se colocar nessa situação", afirmou Ferreira.

O socorro, por meio de empréstimo, é inédito na história do FGC. Ferreira justificou a operação afirmando que, se o fundo tivesse de bancar os compromissos dos depositantes, teria um desembolso de R$ 2,3 bilhões.

Segundo Ferreira, se não emprestasse o dinheiro, o banco sofreria intervenção e posterior liquidação. Nesse caso, teria de cobrir R$ 2,3 bilhões para os segurados. Com a operação, além de manter o banco funcionando, o FGC tem agora um ativo de R$ 2,5 bilhões que serão pagos corrigidos pela inflação.

O diretor de Fiscalização do Banco Central, Alvir Hoffman, afirmou ontem que, se a liquidação do PanAmericano fosse declarada, o "rombo" seria de R$ 900 milhões, já que o patrimônio líquido da instituição atualmente é de R$ 1,6 bilhão. Ou seja, seriam deduzidas da conta as irregularidades que somam R$ 2,5 bilhões, valor coberto pelo aporte do grupo Silvio Santos.

O Banco Central (BC) refutou as críticas de que teria demorado para encontrar o rombo de R$ 2,5 bilhões na contabilidade do banco PanAmericano e jogou a responsabilidade nas empresas de auditoria. O BC argumenta que sua função é analisar balanços, não conferir se foram adulterados. A auditoria interna do PanAmericano era feita pela Delloite. O rombo surgiu em fraudes contábeis. O banco vendia carteiras de crédito para outros bancos (sobretudo os grandes de varejo, como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC), mas não dava baixa no balanço. Com isso, continuava contabilizando como seus os pagamentos feitos pelos devedores.

O problema foi detectado há cerca de seis semanas por técnicos do BC quando estavam sendo conferidos financiamentos vendidos pela instituição. O BC avalia que agiu a tempo para evitar estragos ainda maiores. As irregularidades, segundo Hoffman, podem ter começado há três ou quatro anos, mas apenas as investigações vão apontar o tempo exato e os responsáveis. Toda a diretoria do banco foi afastada. Ontem, o Banco Central aprovou novos nomes para os cargos. Silvio Santos tem como principal sócio no banco a Caixa Econômica Federal, que não se pronunciou sobre o ocorrido.

Lula diz que comunicador não pediu socorro em setembro
MAPUTO, Moçambique. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou ontem que o empresário e apresentador de TV Silvio Santos tenha lhe pedido para ajudar o banco PanAmericano, que recorreu anteontem a um empréstimo de R$ 2,5 bilhões no Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Silvio Santos esteve no Palácio do Planalto no final de setembro para se encontrar com Lula. Na ocasião, o apresentador afirmou que fora pedir ao presidente a doação de R$ 12 mil para o Teleton, que arrecada recursos para ajudar entidades assistenciais.
"O banco (PanAmericano) recorreu a um empréstimo dos próprios bancos", observou o presidente. "O Fundo Garantidor existe exatamente para isso, para o PanAmericano e para qualquer banco. Se amanhã o Banco do Brasil tiver problema de dinheiro, ele vai ao Fundo Garantidor, que é criado pelos bancos, toma dinheiro emprestado, dá garantias e recebe o dinheiro de volta", completou. Lula disse que não sabia do problema antes.

fonte:Otempo

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