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24 de novembro de 2010

Fusion na onda da tecnologia

Nova versão do sedã com motorização híbrida chega ao país mais para fortalecer a imagem da marca Ford

O primeiro passo para uma longa caminhada já foi dado e a direção a seguir mostra - ainda em um longínquo horizonte - uma nova forma de propiciar a mobilidade. O automóvel híbrido não é mais um sonho distante. Muita água ainda irá passar debaixo da ponte que, hoje, separa a viabilidade econômica da produção em larga escala. Mas é certo que este dia vai chegar. E para que isso possa acontecer, a indústria deve seguir investindo no aprimoramento das atuais tecnologias disponíveis.

É o que começa a fazer a Ford, com a importação para o Brasil da versão híbrida do Fusion, com dois motores, um a gasolina e outro elétrico. A escolha pelo modelo não foi de forma aleatória. O Fusion é um sucesso em todos os mercados onde é comercializado. No Brasil, por exemplo, foi o primeiro automóvel de sua categoria, tamanho e preço, a ultrapassar a barreira das 1.000 unidades vendidas por mês. Se hoje, ele não ostenta mais o mesmo fôlego de quando desembarcou por aqui, segue com uma boa média mensal.

Vendas. Nos Estados Unidos, mercado gigante onde cerca de 200 mil unidades de veículos com motor híbrido estão sendo emplacados a cada ano, o Fusion lidera. Segundo a Ford, em outubro foram vendidos 17.932 unidades do seu sedã, contra 12.379 do Toyota Camry e 5.664 do Nissan Altima. Mas não é com essa pretensão comercial que o Fusion Hybrid começa a ser oferecido pela montadora no nosso mercado. Durante a apresentação do modelo, não foi dito nada em relação a expectativa de vendas. Tanto é que o carro não estará disponível para test-drive nas 420 revendas autorizadas da marca do oval azul. Contudo, um grande treinamento está sendo preparado para deixar os consultores técnicos aptos a esclarecer as dúvidas sobre o funcionamento do modelo.

Linha. A gama do Fusion, que ganha a opção híbrida, permanece com a oferta dos modelos equipados com motor 2.5 e 3.0 V6. Mas não é na ponta do lápis que deve se fazer as contas para ver até onde vale a pena investir neste primeiro momento em tanta tecnologia. Quando comparamos o lançamento à versão de entrada, o Fusion híbrido se mostra 52% mais eficiente em consumo. O único problema da tecnologia é o preço. Enquanto o Hybrid custa R$ 133.900, a versão convencional "básica" sai por R$ 82.160 - são mais de R$ 50 mil de diferença no preço final.

Motores trabalham de maneira combinada

 O Fusion Hybrid adota um princípio de funcionamento chamado de "full-hybrid" (híbrido total). Ou seja, tem um motor a combustão e outro elétrico integrados na transmissão. A bateria é recarregada pela própria cinética do veículo, sem a necessidade de ligações externas, o que garante autonomia e flexibilidade.

Seu princípio básico de funcionamento é o uso do motor elétrico nas situações de para e anda do trânsito, ou em velocidades inferiores a 75 km/h. Quando precisa recarregar a bateria, automaticamente ou em condições de velocidades maiores, o propulsor a gasolina entra em operação.
Duratec 2.5

Motores a gasolina são diferentes

O motor Duratec 2.5 do Fusion Hybrid foi desenvolvido especialmente para o veículo. Ele tem 16 válvulas com comando variável e usa o ciclo Atkinson, que mantém a válvula de admissão aberta por mais tempo, reduzindo o volume de ar no pistão. Isso diminui consideravelmente as perdas do motor, que é calibrado para funcionar na região de trabalho de maior eficiência.

A versão de entrada do Fusion também tem um propulsor Duratec 2.5, mas que utiliza ciclo Otto e rende 173 cv de potência a 6.000 rpm e 22,9 kgfm de torque a 4.000 rotações.

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