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9 de novembro de 2010

Cientistas aprendem a transformar as células da pele em sangue

Pesquisadores alertam que ainda é preciso verificar a segurança da técnica

Londres, Reino Unido. Uma equipe de cientistas do Canadá indicou a possibilidade de se obter uma fonte interminável de sangue a partir de uma técnica, publicada na revista "Nature", que permite transformar diretamente células da pele de adultos em sangue.

Segundo os pesquisadores, antes de partir para os resultados práticos da descoberta, o estudo terá que passar por outras etapas, especialmente para verificar a segurança dessa medida, mas as possibilidades que se abrem são promissoras.

"Vemos muitos caminhos. Estamos pensando especialmente em pacientes com leucemia. Nesses casos, o sistema sanguíneo sofre uma mudança genética (e os pacientes precisam de células sanguíneas que não sofram rejeição)", destacou Mick Bathia, coordenador do grupo que pertence ao Instituto McMaster de Pesquisas sobre Câncer e Células-tronco, da Escola de Medicina Michael G. DeGroote em Hamilton, na província de Ontário, no Canadá.

"Essencialmente revelamos o método que nos permite transformar células da pele de adultos em células sanguíneas, sem que tenham que passar por uma etapa intermediária que são as células-tronco pluripotentes induzidas", disse.

Expectativa. O estudo representa um avanço no tratamento do câncer e de outras doenças: a perspectiva de poder criar sangue para um paciente com sua própria pele permite pensar que algum dia eles não tenham que depender da transfusão sanguínea de bancos de coleta.

Também permitiria que os doentes suportem tratamentos mais longos de quimioterapia, sem as interrupções que atualmente são necessárias para que o corpo possa se regenerar. "Acreditamos que no futuro poderemos gerar sangue de forma muito mais eficiente", disse Bhatia.

Entenda
- O grupo de cientistas do Canadá conseguiu converter fibroblastos (células predominantes da segunda camada da pele humana, a derme) humanos diretamente em geradores de sangue.
- Os pesquisadores conseguiram obter os geradores de sangue sem que as células passassem por um estágio pluripotente (de diferenciação para um tecido).

1 comentários:

Mari Martins disse...

Muito interessante o seu post. Muitos problemas se resolveriam com essa nova descoberta.
Beijos,
Mari