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13 de outubro de 2010

Neurofeedback fica popular e ajuda em doença psicológica

Procedimento é alternativa para quem não quer usar medicamentos

NOVA YORK, EUA. O neurofeedback, espécie de biofeedback para o cérebro, vem sendo usado nos Estados Unidos por alguns médicos para tratar várias doenças neurológicas - entre elas, o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), o autismo, a depressão e a ansiedade. O neurofeedback permite que os pacientes alterem suas próprias ondas cerebrais através da prática e da repetição.

O procedimento é polêmico, caro e consome tempo. Um período médio de tratamento, com pelo menos 30 sessões, pode custar US$ 3.000 ou mais no EUA, e poucos planos de saúde o cobrem. Apesar disso, o procedimento está ganhando popularidade.

Cynthia Kerson, diretora executiva da Sociedade Internacional para o Neurofeedback e a Pesquisa, grupo de apoio aos especialistas nessa prática, estima que 7.500 profissionais de saúde mental nos EUA ofereçam o neurofeedback e que mais de 100 mil norte-americanos já o experimentaram na última década.

O tratamento também está chamando a atenção de pesquisadores importantes, incluindo alguns que eram céticos. O Instituto Nacional de Saúde Mental recentemente patrocinou o primeiro estudo sobre neurofeedback para transtorno de déficit de atenção com hiperatividade: um ensaio clínico aleatório e controlado com 36 sujeitos.

Os resultados serão anunciados em 26 de outubro no encontro anual da Academia Norte-americana de Psiquiatria Infantil e Adolescente. O diretor do estudo, Eugene Arnold, professor de psiquiatria da Universidade Estadual de Ohio, destacou que houve melhoria no comportamento de muitas crianças, como relatado por pais e professores. Ele afirma que, se os resultados sustentarem que o neurofeedback tem um efeito positivo, ele buscará financiamento para realizar um estudo mais amplo, com pelo menos cem sujeitos.

John Kounios, professor de psicologia da Universidade Drexel, publicou um estudo pequeno em 2007 sugerindo que o tratamento acelerava o processamento cognitivo em pessoas mais velhas. "Não há dúvidas de que o neurofeedback funciona, que as pessoas podem mudar sua atividade cerebral", disse ele. "As grandes questões que ainda não respondemos são precisamente como ele funciona e como ele pode ser aproveitado para se tratar doenças".

Mais detalhes
Neurofeedback. É uma psicoterapia baseada no funcionamento neural, no qual o cérebro é condicionado a gerar respostas desejadas.
Informações. No site do Instituto Paulista de Déficit de Atenção: www.dda-deficitdeatencao.
com.br/tratamentos/neurofeedback.html


fonte:Otempo

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