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30 de outubro de 2010

Máquina de gravar sonhos é possível, diz cientista

Estudioso diz que neurônios são ativados individualmente por objetos ou conceitos específicos

Nova York. Um pesquisador nos Estados Unidos afirmou que tem planos para criar um dispositivo eletrônico de gravação e interpretação de sonhos. Moran Cerf, do Instituto de Tecnologia de Pasadena, na Califórnia, afirma que a "leitura dos sonhos" é possível baseada em um estudo inicial que sugere que a atividade das células cerebrais, os neurônios, é associada a objetos ou conceitos específicos.

Em sua pesquisa, Cerf descobriu que, quando um dos voluntários estava pensando na atriz Marilyn Monroe, um neurônio em particular foi ativado. Ao mostrar a voluntários acordados que participaram de seu estudo uma série de imagens, Cerf e seus colegas conseguiram identificar neurônios que eram ativados pelos objetos e conceitos.

Ao observarem qual neurônio se ativava e quando isso acontecia, os cientistas construíram uma base de dados para cada paciente. Com ela, Cerf alega que é, efetivamente, capaz de "ler as mentes".

Atualmente, análises de sonhos são usadas por psicólogos como uma ferramenta para compreender o inconsciente. Mas a única forma de interpretar os sonhos é perguntar para as pessoas depois que elas acordam.

O objetivo do projeto de Cerf e sua equipe é desenvolver um sistema que daria aos psicólogos uma forma de corroborar as lembranças desses sonhos com a visualização eletrônica da atividade cerebral durante o sonho.

No entanto, o cientista admite que há um longo caminho antes que a simples observação das reações de um neurônio específico possa se transformar em um dispositivo para gravar sonhos. Mas Cerf acredita que existe uma possibilidade, e ele gostaria de tentar.

Para isso, o próximo estágio de seu trabalho é monitorar a atividade do cérebro dos voluntários enquanto eles estão dormindo. Com isso, os pesquisadores vão conseguir identificar imagens ou conceitos relacionados com os que estão arquivados em sua base de dados - construída, por exemplo, ao monitorar a atividade dos neurônios enquanto o voluntário está assistindo a um filme.

Implantes. No estudo publicado na revista "Nature", os pesquisadores americanos conseguiram os primeiros resultados ao estudar voluntários com o implante de eletrodos usados normalmente para tratar de convulsões cerebrais. Mas Cerf acredita que a tecnologia de sensores está se desenvolvendo em um ritmo tão acelerado que, com o tempo, poderá ser possível monitorar a atividade do cérebro sem a necessidade de cirurgias.

fonte:Otempo

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